OITO INDISCUTÍVEIS E IRRECUSÁVEIS ARGUMENTOS DE SER O PENTECOSTALISMO
SEITA CATÓLICA
Por
Dr. Anibal Pereira dos Reis (ex-padre)
Nosso corpo se
triparte em cabeça, tronco e membros e funciona com diversos
órgãos. Cada qual com a sua específica atribuição. Os pulmões são os órgãos da
respiração. Os intestinos, da digestão. Da circulação sanguínea é o coração. E
por aí vai... O cérebro é o órgão da inteligência.
Dizem lá os
entendidos... Suponho terem eles toda a razão... Razão por mim constatada! O
órgão, quando sem uso ou sem exercício, atrofia-se. Já vi as pernas definharem
do paralítico.
Atrofia-se o
cérebro se o deixarmos de usar. Verifico mesmo ser o cérebro o órgão mais
extenuado e definhado. À falta de seu conveniente e constante uso, porque
raras, raríssimas, são as pessoas que pensam. A Inteligência é a faculdade mais
nobre do ser humano e é a menos usada. Muitos dão mais valor às unhas e ao
estômago. Àquelas cuidam na manicure e as pintam com as cores mais lindas. A
este empanturram com as mais requintadas iguanas. Ao cérebro não dedicam nem a
leitura de uma linha sequer no mês para nutri-lo com um pensamento mais
elevado.
Apesar de a nossa
massa encefálica estar um tanto ou muito embotada pelo longo não-uso, façamos
um esforço, companheiro leitor, no sentido de desemperrá-la. Os que a tiverem
atrofiada ou desistirão desta leitura, se já não a mandaram às favas, ou não
entenderão o argumento ou raciocínio. E continuarão a admitir a falsa Inclusão
dos pentecostalistas entre os evangélicos.
É fácil de fazer
averiguação. O CATOLICISMO se reparte em inúmeras seitas. Das muitíssimas,
menciono algumas: a católica romana ou vaticana, a católica brasileira, a
católica argentina, a católica japonesa, a dos velhos católicos, a grega
ortodoxa, a anglicana, a católica unida, a católica restauRada, a ortodoxa
russa. E tantas outras. Também o PENTECOSTALISMO.
Apresento
os indiscutíveis e irrecusáveis argumentos de se ser O PENTECOSTALISMO
SEITA CATÓLICA. Exibo-os em número de OITO!
PRIMEIRO: O pentecostalismo
nega a perseverança eterna dos salvos. Em outras palavras, supõe a
possibilidade de o crente, se praticar determinados pecados, perder a salvação.
Ora, esse ensino é
católico. Se o postulado da perseverança eterna dos salvos é da própria
essência do Evangelho, o do risco da perda da salvação é ensino básico da
teologia católica.
Ao contrário do
catolicismo, em todas as suas ramificações, e também na pentecostalista, as
Sagradas Escrituras ensinam, e com insistência, que a salvação do crente
evangélico é eterna. Eterna, é evidente, sem quaisquer possibilidades de
perdê-la. ETERNA mesmo! É, de resto, a mais gloriosa promessa de nosso Senhor
Jesus Cristo, por muitas vezes repetida, consubstanciada em João
10.28-29: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, eternamente, e
ninguém as arrebatará da Minha mão. Aquilo que Meu Pai Me deu é maior do que
tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar”.
Dentre os livros
de minha autoria, há um deles, SERÁ QUE O
CRENTE PODE PERDER A SALVAÇÃO?, de mais de 300 páginas consagradas a
exaltar a misericórdia do Salvador que dá a salvação eterna ao crente nEle e
nela Indefectivelmente Ele o sustenta, apesar das muitas e constantes fraquezas
e infidelidades do salvo.
Já tenho
observado. Todo crente evangélico que se torna “renovado” passa a viver o
tormento do medo de se perder. Busca a chamada “segunda bênção” e se torna
inseguro quanto à primeira.
O desprezo deles
contra essa promessa de Jesus é tanto que, em resultado de negá-la, dizem que é
um assunto secundário.
O pentecostalismo, à
semelhança do catolicismo, de que é uma seita, engendra sofismas sobre sofismas
com o emprego desonesto de certas passagens bíblicas na tentativa de negar a
perseverança dos salvos. Dessa forma, recusam os pronunciamentos claros e
categóricos das Escrituras acerca da essência do Evangelho, que é a vida eterna
outorgada por Cristo ao crente n'Ele.
SEGUNDO: A admitir-se o risco
de o salvo perder-se, como querem os pentecostalistas, há de se aceitar o
concurso das obras para a salvação do pecador.
Com efeito, perder a salvação significa que essa salvação está na dependência de minhas obras. Essa é a tese fundamental, básica, do catolicismo.
Com efeito, perder a salvação significa que essa salvação está na dependência de minhas obras. Essa é a tese fundamental, básica, do catolicismo.
TERCEIRO: O pentecostalismo
ensina que, se o crente comete certos pecados, perde a salvação, mas, se
praticar outros, não a perde.
Cito alguns
exemplos desses pecados graves: adulterar, prostituir-se, assassinar, dançar em
bailes do mundo, brincar no carnaval. São os pecados que, perpetrados, cominam
a perda da salvação.
Menciono,
outrossim, alguns pecados que não causam tamanha desgraça. Ou seja, pratica-os
o indivíduo sem o perigo de deixar de ser salvo: a mentira, a gula, a preguiça,
a maledicência, dentre outros.
Ora, isso é
catolicismo. A religião católica, efetivamente, distingue, sem qualquer base
nas Escrituras, os pecados em mortais e veniais. Os mortais são os que levam ao
inferno. São os graves. Os veniais não despojam a vida eterna. São os
pecadinhos que todo mundo faz a toda hora.
QUARTO: Há grupos
pentecostalistas mais rigorosos que incluem entre os pecados mortais, isto é,
os pecados que causam a perda da salvação, a embriagues, o fumar, a ida ao
cinema, e, da parte da mulher, o cortar o cabelo, o uso de batom nos lábios e
de esmalte nas unhas, dos cosméticos e jóias, da calça esporte ou da mini-saia.
Outros grupos do
pentecostalismo praticam sem qualquer restrição o tabagismo e a ingestão de
bebidas alcoólicas. Outros ainda são abstêmios destas usanças, mas aceitam o
corte de cabelo, o batom, o esmalte, a calça comprida e a mini-sala nas
mulheres.
Também há os
pentecostalistas que, no passado, vetavam às senhoras e moças, como vaidades
mundanas, o cortar os cabelos, o pintar as unhas e os lábios e o uso de calças
esporte e jóias. Hoje, contudo, mudando de convicção moral, aceitam essas
coisas sem qualquer restrição.
Anos passados,
certa Assembléia de Deus do Rio de Janeiro condicionava a perseverança da
salvação dos homens ao uso do chapéu. Depois de tantas brigas, modificou seu
estatuto e agora o próprio pastor sai à rua de cabeça descoberta.
Eis outro ponto de
ligação entre o pentecostalismo e o catolicismo a fazer daquele uma das
incontáveis seitas deste. Se tem cabido à hierarquia pentecostalista
estabelecer a lista dos pecados graves, mortais, e retirar a gravidade de
certos pecados, passando-os para a relação dos veniais, também Isso tem sido a
empreitada da hierarquia católica. Lembro-me! Ao tempo de menino, vi o “seu
vigário” a recusar a comunhão da hóstia a senhoras de lábios pintados ou de
cabelos curtos por estarem, segundo ele, em público pecado mortal.
Como o
catolicismo, o pentecostalismo estabelece a sua hierarquia na qualidade de
árbitro da gravidade ou levidade dos pecados, tornando-a regra de moralidade.
E, de acordo com os moldes do catolicismo, a adoção de outra regra de vida ou
comportamento, além das Escrituras.
QUINTO: O pentecostalismo
reconhece haver-se perdido o crente que, embora não haja cometido nenhum pecado
mortal, é eliminado da “igreja” por abandono ou prolongada ausência.
Condiciona, por conseguinte, a sustentação da salvação à “igreja”.
O catolicismo está
cansado de repetir seu dogma de que fora da “igreja” não há salvação. Ainda
neste último Concilio, o Vaticano II, repetiu à saciedade, ao fastio, esse
enunciado, por ser a “Igreja” crida na condição de “sacramento da salvação.
SEXTO: O pentecostalismo
adota o seu cognominado batismo no Espírito Santo como “segunda bênção”, isto
é, uma bênção suplementar ou complementária à da salvação.
Também isso é
catolicismo, de vez que o catolicismo ensina o mesmo com o seu chamado
“sacramento” da crisma ou confirmação, que consiste precisamente num
revestimento especial do Espírito Santo posterior ao “sacramento” da
regeneração.
Certa ocasião, fiz
uma série de estudos sobre teologia romanista num Instituto Teológico Batista.
Ao discorrer acerca dos “sacramentos”, enumerei os sete conhecidos naquela
doutrina. Um “pastor” pentecostalista presente, um ouvinte, solicitou-me
explicasse o teor do crisma. E, após minha exposição, explicou ele que
identifica sua seita com o romanismo porque o romanismo advoga a “segunda
bênção”, conquanto diferente seja a terminologia. Não tive por onde, se não
dar-lhe inteira razão.
SÉTIMO: O
catolicismo, embora propale crer na Bíblia como fonte de revelação divina,
acrescenta-lhe a tradição e os oráculos do romano pontífice, o infalível, com o
prestígio de verdadeiras fontes dessa mesma revelação divina, com a vantagem de
serem mais atuais.
Posição diferente
não tomam os pentecostalistas. Proclamam sua aceitação das Escrituras Sagradas
no apanágio de única regra de fé e prática. Contudo, na realidade, negam serem
elas essa única regra, ao tributarem maior credibilidade às suas individuais
experiências, à luz das quais examinam, quando examinam, certos registros das
Escrituras. Furtam, outrossim, à Palavra de Deus sua lídima unicidade de fonte
de revelação divina por pautarem suas crenças nas revelações dos seus profetas
e profetisas.
No meu livro A
SEGUNDA BÊNÇÃO relato o depoimento daquele pentecostalista de
Petrópolis que me garantiu: “Já passei deste estágio de precisar ler a Bíblia.
O Espírito Santo fala diretamente comigo”.
Dizem eles por
qualquer coisa: “Deus falou ao meu coração. Deus me revelou, por revelação do
Espírito Santo” numa frontal negação de ser a Bíblia a revelação completa de
Deus para nós. Hoje Deus não fala diretamente a mais ninguém. Tudo quanto Ele
tinha a nos dizer se contém nas Escrituras Sagradas, que são a Sua Palavra.
No
seu desapreço às Escrituras Sagradas, os pentecostalistas Invocam, torcendo seu
verdadeiro sentido, aquela declaração de Paulo: “A letra mata, mas o
espírito vivifica” (2 Coríntios 3.6). Querem entender no seu prático
desprezo às Letras Santas que estas não devem ser entendidas naquilo que
ensinam, como está escrito, mas como são explicadas pelos seus profetas, como
Deus agora lhes fala e revela diretamente (?).
É o dogma católico
pelos pentecostalistas aceito e exercitado. O dogma católico que outorga o dom
da interpretação legítima e Infalível das Letras Sagradas aos iluminados da e
hierarquia.
O Espírito Santo
de Deus ilumina Seu servo sincero a nos estudos da Sua Palavra sem, contudo,
dispensá-lo das sábias regras de exegese decorrentes da norma áurea de se
interpretar a Bíblia com a própria Bíblia, ou seja, a Bíblia Interpreta, ou
esclarece, ou elucida a Bíblia, dispensando para Isso o concurso de quaisquer
tradições, revelações de modernos profetas e psicopatas videntes (para não
dizer vis embusteiros).
OITAVO: O último ponto de
contacto entre as duas seitas: A FEITIÇARIA.
Êpa!!! O pentecostalismo exercita a feitiçaria? Felizmente, o Dulçor não está aqui. Se não, veríamos outro tombo! O que é feitiçaria? Com exemplos explico melhor.
Êpa!!! O pentecostalismo exercita a feitiçaria? Felizmente, o Dulçor não está aqui. Se não, veríamos outro tombo! O que é feitiçaria? Com exemplos explico melhor.
A ferradura atrás
da porta, aquela planta espada-de- são-jorge em frente de casa, os amuletos
usados no intento de reprimirem-se as investidas do mal, bem como as medalhas e
bentinhos presos à roupa ou alçados ao pescoço, tudo são feitiçarias, De
feitiçarias são a água benta à qual recorrem os católicos e a água que os
pentecostalistas colocam sobre o rádio durante as orações espalhafatosas e
teatrais de seus “missionários” da cura-divina. (Conheço três tipos de água
feiticeira: a água benta romanista, a água fluida espiritista e a água orada
pentecostalista).
Aquele
“missionário”, já calçado em fabulosa pecúnia concentrada proveniente de sua
exploração dos Ignorantes, espalha a alto preço um disco com suas gritarias e
induz seus pascácios devotos a aplicarem o referido disco no lugar da dor como
recurso certo de alívio imediato. Se dói a cabeça, coloque-se o disco na
cabeça; se no ventre, ponha-se o disco no ventre do paciente. Tudo isso são
práticas feiticeiras das mais ridículas e primitivas.
Feitiçaria
é o levarem-se peças de roupa de um enfermo para o médium espiritista, ou o
clérigo vaticano, ou o ministro pentecostalista rezar, ou dar passe, ou orar
sobre elas. Em certa “reunião de poder”, estarrecido, vi um ex-pastor batista,
no passado de alto coturno nos meios batistas brasileiros, autor de alguns
livros, passar-se por feiticeiro. Dirigente daquela reunião, orava em cima das
roupas que lhe levaram.
Impossível
encerrar estas reflexões omitindo algumas linhas de análise sobre as roupas
aludidas.
Igualmente na sua
explicação inexplicada, os pentecostalistas se nivelam aos feiticeiros
romanistas. Ambas as teologias acorrem a Atos 19.11-12 na busca de coonestarem
sua feitiçaria. O Registro Sacro discorre acerca do ministério de Paulo
Apóstolo em Éfeso e diz: “E Deus pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias. De sorte que até os lenços e aventais se levavam de seu corpo [de Paulo] aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam”.
Os clérigos
vaticanistas e os “missionários” pentecostalistas não querem ler bem a
Escritura trasladada acima e, se bem a leem, seu crime é maior pela
mistificação consciente e premeditada que cometem. O texto sagrado não afirma
que Paulo orava sobre as peças de roupa que lhe levavam. Informa sim, que as
pessoas efésias arrancavam do corpo de Paulo os seus aventais e os seus lenços
e os levavam.
Se da sombra de
Pedro (Atos 5.15) não se logrou conservar fiapos, por que os primitivos
cristãos deixaram de conservar pedaços das roupas de Paulo Apóstolo? Teríamos
até hoje as preciosas relíquias. Todavia, aqueles panos, fora daquela especial
circunstância, nenhum outro prodígio obtiveram.
Esse fato de Éfeso
e alguns mais a ele semelhantes ocorreram por especialíssima permissão de Deus
com o fim de autenticar o ministério especialíssimo de servos Seus em dada
conjuntura histórica na correnteza do período da revelação bíblica.
A caída prodigiosa
do maná no deserto alimentou milagrosamente o povo eleito e, para memória, Deus
mandou Moisés encher dele um vaso e pô-lo no interior da arca da Aliança (Êxodo
16.33-34). Determinou-lhe, ainda, colocasse dentro da mesma arca a florescida
vara de Arão como o sinal de sua eleição para o múnus de sumo sacerdote
(Números 17.10; Hebreus 9.4). Os israelitas, todavia, jamais tributaram
qualquer culto ou crença a essas coisas, como nunca o fizeram aos ossos de
Eliseu, por suporem neles qualquer eficácia sobrenatural.
Atos 19.12 de
maneira alguma se presta a autorizar a referida atitude dos clérigos e dos
pentecostalistas no tocante a se orar sobre roupas de doentes. O seu emprego
indevido e sofista pelos pentecostalistas, no entanto, revela também neste
particular se identificarem com os clérigos feiticeiros do romanismo noutra
demonstração de ser o pentecostalismo seita católica.
Da mesma prosápia,
todos eles, católicos carismáticos, pentecostalistas e pentecostalizados, se
entendem e se afinam porque seus básicos princípios doutrinários se
identificam.
Cabe aos lídimos crentes
evangélicos fugir de qualquer acomadramento com eles, a menos que queiram
incorrer na censura divina de terem transgredido a advertência das Escrituras
de Romanos 16.17 e de tantos outras afins. Se deles se aproximarem, que seja
para lhes anunciar o genuíno Evangelho. Eles precisam de ouvi-lo e aceitá-lo se
se quiserem salvos da perdição.
Autor:
Anibal Pereira dos Reis (Ex-Padre)
Do
Livro: Católicos Carismáticos e
Pentecostais Católicos, pag. 38 a 46.
Terceira
Edição Brasileira: Edições Cristãs. SP. Fevereiro de 2005.
Primeira
Edição Brasileira: Edições “Caminho de Damasco”. SP. 1978.
Editado
por: Ricardo Gomes Angelo, com devidas permissões da editora.
LEIA A SUA AUTOBIOGRAFIA:
"ESTE PADRE ESCAPOU DAS GARRAS DO PAPA !!!"