sexta-feira, 27 de março de 2015

Unidade Cristã

COMUNHÃO

Todos os salvos em Cristo são capacitados pelo Espírito Santo de DEUS a viverem juntos. Por que isso ocorre? Ocorre pela seguinte razão: ser um salvo, amar a Doutrina Bíblica e render-se à direção do Espírito Santo produz um fruto essencial para nossa jornada cristã na Terra, a comunhão dos santos (Atos 2.42, Fil. 2.1). Para isso fomos chamados por DEUS! A comunhão prazerosa é baseada na Palavra de DEUS, definida em conformidade com o pensamento de DEUS, unindo-nos em amor mútuo. É assim, pois ELE mesmo deseja que aprendamos a conviver juntos, já aqui na Terra, sabendo que iremos habitar juntos por toda a eternidade (I João 1.6-7). Sabendo que a base da nossa união é a Doutrina, que vem pela Palavra de DEUS, a saudável comunhão é demonstração de que somos verdadeiramente salvos em Cristo e verdadeiramente conduzidos por Seu Santo Espírito. Por sermos o que cremos é óbvio que nossa união basear-se-á na similaridade de nossa fé. Essa é a razão que nos leva a buscarmos um convívio com irmãos de mesma fé e ordem, num Espírito de convívio pacífico, alegre, cordato. Somos instruídos por DEUS assim procedermos (I Tess. 4.9). Uma igreja local que não consegue, ou mesmo não se importa, ter um tipo de convívio bíblico do qual nos ensina as Sagradas Escrituras não pode estar sendo direcionada pelo Espírito Santo de DEUS. Antes Lhe é rebelde, passiva de disciplina. Quando isso se configura num grupo de pessoas, ou mesmo em uma pessoa em particular, se aludem às doutrinas diversas daquelas às quais que temos sido ensinadas. Daí o SENHOR DEUS nos exorta a ficarmos alertas contra dissensões e escândalos (Rom. 16.17). Tudo que vem pela dissensão, inevitavelmente, serve para conduzir a igreja local ao obscurantismo, de tal forma que mesmo os salvos compactuarão com o pecado, como ocorreu com a igreja local em Corinto (I Cor. 3.3; 5.1.; 11.18). A palavra no grego utilizada para dissensões é dichostasia, alude à desuniões, divisões e sedições. Na King James Bible (1611) as palavras em inglês são fortes, elas significam “divisão” e “ofensas”. Uma coisa leva à outra! Recusar-se à condução do Espírito Santo é dar mostras de não se amar a Doutrina de DEUS verdadeiramente. Isso leva à carnalidade, que leva às ofensas, que levam às desuniões, que conduz a uma via de pecados grosseiros. Irmãos, isto é muito perigoso! Devemos evitar tais coisas a bem do Evangelho de Cristo. O contrário da comunhão no convívio dos santos é este clima carnal de divisão e desunião, causando ofensas entre os irmãos, de pensamentos sem que haja um mesmo parecer (I Cor. 1.10). Há invejas e contendas (I Cor. 3.3), mesmo quando a igreja local se reúne (I Cor. 11.18), pois isto é configurado como obra da carne (Gálatas 5.19 e 20). Não andemos, pois com demonstrações de obras da carne, mas andemos em Cristo (Col. 2.6), em novidade de vida (Rom. 5.4), sendo conduzidos pelo Espírito Santo e frutificando n’Ele todos os dias de nossas vidas (Gálatas 5.16), em amor (Efésios 5.2). Andemos, pois como filhos da luz, pois já não somos trevas. DEUS condiciona nosso crescimento espiritual a esta obediência (I Tess 4.1). Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz. Efésios 5.8  


ACEPÇÃO ENTRE SALVOS EM CRISTO, ISSO É BÍBLICO?

Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redarguidos pela lei como transgressores. – Tiago 2:9
Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. – Filipenses 2:3

Acepção, no sentido de segregar, tem o significado de pôr à margem, produzir isolação, a si ou a outrem. A palavra traduzida para acepção que vem do grego é aprosopoleptos, que na King James Bible (1611) foi traduzida por “respect of persons”, que para nós teria o sentido de favoritismo. Portanto, o sentido bíblico para “acepção de pessoas” é tão somente a reinvindicação para si mesmo, ou para outros, de um favoritismo carnal, baseado em prerrogativas humanas, distorcendo a saudável comunhão na igreja local.
Se compararmos a prática da reinvindicação de favoritismo com as orientações de DEUS contidas nas Sagradas Escrituras no que concerne à nossa comunhão, veremos que ela contradiz diretamente a Vontade de DEUS. Veja, por exemplo, Romanos 12.3 e Filipenses 2:3. Esta prática levou à heresia do Nicolaísmo, que é a hierarquização, a reinvindicação de posição eclesiástica superior, a distinção entre “leigos” e “clero”, algo que DEUS odeia (Apocalipse 2:6, 2:15).
Não é difícil imaginar como foi difícil para os judeus convertidos a Cristo recalcitrar contra acepção de outras pessoas salvas dentre os gentios. A Bíblia mesmo descreve que ocorreram debates a respeito da questão. Os judeus imaginavam que o Evangelho estava circunscrito aos seus arraiais e, por conta disso, formaram-se pensamentos adversos à vontade de DEUS. Os judaizantes, sectários inflamados que defendiam que os gentios deviam primeiro se tornarem judeus e guardarem a lei mosaica, foram frutos desta teima em receberem os novos irmãos.
A questão foi esclarecida por Paulo (Epístola aos Gálatas) e a decisão da igreja em Jerusalém foi orientada pelo Espírito Santo e nos é descrita em Atos 15. Lemos que houve grande contenda (15.7). Mas o Espírito Santo interviu, pois a multidão “se calou e escutava” (15.12). Os argumentos foram bíblicos, concordantes com as Sagradas Escrituras (15.15), houve um julgamento espiritual (15.19-20), sendo homens qualificados eleitos para serem enviados (15.22), houve registro da decisão (15.23), pois estavam em plena orientação do Espírito Santo (15.28). Não pôde haver mais do que alegria pela exortação em tal comunhão espiritual que veio pela leitura da Palavra de DEUS (15.31).
Concluímos que para romper tais dificuldades o Espírito Santo interviu diretamente, inclusive quando se manifestou em diferentes grupos, derrubando a barreira para que fosse feito um só povo (Efésios 2:11-19). Eis o propósito do sinal efetuado pelo Espírito Santo nos homens, nos quatro casos relatados em que crentes falaram em línguas. O objetivo não foi o de desuni-los em níveis hierárquicos diferentes, promovendo assim segregação entre pessoas salvas. Mas, unindo e desfazendo as diferenças, sendo justamente o contrário, unindo-as pela mesma fé e prática.
Assim, o Espírito Santo derrubou primeiramente as barreiras entre os próprios judeus (Atos 2). Depois entre judeus e samaritanos (Atos 8). Após isso entre judeus e gentios (Atos 10). E, por fim, entre os convertidos de João (Atos 19:1-7). Terminada esta obra, não há mais necessidade de que haja sinal extraordinário do dons de línguas entre os santos de DEUS, pois hoje todos nós compreendemos que DEUS não faz acepção de pessoas, e bem pode salvar a quem ELE quiser, trazendo salvação a todos os homens (Gálatas 3.28, Tito 2:11).
Mas, tristemente podemos ver como é comum, em razão do pecado que ainda habita nos crentes, que a velha natureza empreenda tendenciosa acepção de pessoas entre o convívio dos santos, na comunhão da igreja local. São várias as terminologias, métodos, argumentações e desculpas para impor certas “regras de superioridade” ou “padrões de distinção”.  Uns afirmam que tem “mais tempo de crentes” que os demais, outros que “possuem mais experiência”, alguns que se apresentam como “os que mais dão dízimos e ofertas”, outros que são “mais santos” ou, “mais isso ou aquilo” dentre muitos etcs.,  ou mesmo que lhes cabe a distinção de qualquer forma, quaisquer que sejam os motivos.
Isso redunda em tais práticas que levam à individualidade cheia de egoísmo, à rejeição do auxílio, tanto de prestá-lo quanto de recebê-lo, ao endurecimento e ao isolamento. Crentes se tornam incapazes de conviver pacificamente, de receberem boas e bíblicas sugestões, de participarem com ânimo na comunhão dos salvos, de apoiarem com alegria as atividades na igreja local. E tudo que DEUS define como sendo uma benção para nosso próprio bem, se torna em peso insuportável para a alma dos santos. Oh, como o adversário se alegra com tudo isso. Deveríamos assim entristecer o Espírito Santo de DEUS? Irmãos, isso é Bíblico? Devemos discordar, com uma veemente negativa. Esse problema caracterizou a rebeldia judaica velho testamentária (Mal. 2.9), assim como caracteriza uma fé que não é Bíblica nos santos do novo testamento. Tiago, em sua epístola, enumera que não podemos ter tal fé se realmente estamos em Cristo (2:1), pois se isto prevalece em nosso ajuntamento somos juízes de maus pensamentos (2.2-4). Isto é desonra (2:6) que serve apenas para blasfêmia (2:7). A conformidade pelas Escrituras ao Senhor Jesus (2.8), nos mostra que se agirmos assim somos transgressores (2:11). Amados irmãos, fujamos de tais pecados sabendo que seremos julgados por DEUS a esse respeito, pelo tempo que vivermos nesta terra. E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação, - I Pedro 1:17. Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. – Romanos 12:3.   

SOMOS UM EM CRISTO!

É comum que alguém pense que, em relação a DEUS, estamos em um tipo de competição uns com os outros. Assim, imaginam que alguns pretendem estar mais próximo d’ELE que outros por meio de liturgias externas. Evidentemente isso causa certos constrangimentos que levam ás indagações do tipo: “Você pensa que é melhor do que eu?”. Um sentimento corrupto suscita a reivindicação de favoritismo. Seja entre salvos e não salvos, ou mesmo entre os próprios salvos na comunhão da igreja local, esta forma de pensar está errada, é antibíblica! Sendo a Verdade, por ser a Palavra de DEUS, a Bíblia nos diz que TODOS os homens estão na mesma condição quando separados de DEUS (Rom. 3.10-12, 20, 23). E se sabemos que nenhum de nós teria condições pessoais de nos aproximarmos de DEUS por esforço próprio, pois DEUS é um DEUS Perfeito, Santo e que não pode conviver com o pecado, sabemos que TODOS os salvos ocupam a mesma posição, todos se tornam um em Cristo (Rom. 12.5, I Cor. 1.10, Gál. 3.28, Ef. 3.6). Por isso TODOS os pecadores não salvos carecem que DEUS se compadeça d’eles e lhes derrame Graça e Misericórdia, pois não há ninguém que possa conquistar ou merecer o favor de DEUS. Por isso, TODOS os pecadores salvos e batizados devem sempre lembrar que são membros de um mesmo corpo (a Igreja Local), pois já estão em Cristo.  Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. - Gálatas 3:28                                                           

   - Pr. Miguel Ângelo L. Maciel           

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