A Cruz do Cristo: Como Foi Carregada
Levou Jesus Sua Inteira Cruz Dentro Da Cidade, Depois Simão O Ajudou Levando
Parte Da Cruz, E Cristo Prosseguiu Levando A Outra Parte?
Ou Levou Jesus Somente A Barra Horizontal (Patibulum) Dentro Da Cidade, Depois Simão
Ajudou E Cristo Não Levou Mais Nada?
Ou Levou Jesus Sua Inteira Cruz Dentro Da Cidade, Depois Simão Ajudou E Cristo
Não Levou Mais Nada?
Hélio de Menezes Silva, nov.2020.
Primeiramente, lembre-se de que a
palavra grega "σταυρός = stauros", no contexto da
Grécia bem antiga de muito antes de Roma, podia significar somente uma estaca,
um poste. Mas, depois do ano 168 ANTES de Cristo, quando o Império Romano
completamente venceu e substituiu o Império Greco-Macedônico através de todo o
mundo que lhe interessou, mas manteve o grego como o segundo (e mais usado) idioma
de comunicação onde quer que ele já dominasse, então a palavra "σταυρός = stauros"
passou a designar a cruz com duas partes, uma vertical e outra horizontal, que
usavam no modo característico de Roma para executar os condenados à morte, com
incrivelmente dolorosa e longa tortura que às vezes durava dias.
Agora, vejamos versículos que falam da crucificação do nosso Senhor e Salvador e Deus, Jesus, o Cristo:
João 19:16-17: JESUS FOI TIRADO PARA FORA DO SALÃO- DE- JULGAMENTO E DE TORTURA (NO PALÁCIO DE PILATOS) E, AO SAIR, LEVAVA A SUA INTEIRA CRUZ (σταυρός = stauros).
16) Então, pois, [Pilatos] O entregou a eles, a fim
de que fosse crucificado. E estes tomaram Jesus e O levaram embora.
17) E, levando
Ele a Sua cruz, saiu Ele [do palácio] para dentro do lugar sendo chamado de
'Local de uma Caveira' (o qual é chamado, em hebraico, de Gólgota),
Mt 27:31-32: AO SAIR JESUS DA CIDADE, COLOCARAM A INTEIRA CRUZ (σταυρός = stauros) SOBRE SIMÃO, UM CIRINEU
31) E, depois que
escarneceram dEle, Lhe tiraram fora a capa, e Lhe vestiram as vestes dEle
mesmo, e O levaram embora para O crucificar.
32) E, enquanto estavam saindo [da cidade], encontraram um homem, um cireneu, [tendo]
por nome Simão; a este obrigaram que levantasse- e- carregasse sobre si a cruz
dEle.
Lc 23:26
26) E, enquanto O levaram, eles, havendo lançado mãos sobre um
certo Simão (cireneu, vindo proveniente- de- junto- do campo),
puseram- sobre ele a cruz, para ele a levar- sobre- si em- seguimento- a Jesus.
Mc
15:20-21:
20) E, depois que escarneceram dEle, então Lhe despiram a veste
de púrpura e O vestiram com as próprias vestes dEle; e O levaram para fora [do
palácio], a fim de O crucificarem.
21) E obrigam um certo Simão, cireneu (o pai de Alexandre e de Rufo), que por
ali estava passando vindo proveniente- de- junto- do campo, a que
levantasse- e- carregasse sobre si a cruz dEle.
NOTA HISTÓRICA 1:
"... dentro e
em torno de um local sagrado como Jerusalém [com seu Templo e seus
sacrifícios], a lei religiosa proibia que qualquer pessoa [de
Israel, que queria continuar DIGNA de adorar no Templo] tocasse em algo
impuro. Assim, Jesus e os dois ladrões crucificados com Ele tiveram que
carregar a σταυρός [= stauros,
isto é, tanto o poste vertical quanto o patibulum. a barra horizontal. Dentro de Jerusalém, ninguém poderia
carregá-la para eles]
Em lugares mais seculares [isto é, não considerados santos pela população]
, através de todo o Império Romano, os postes verticais impuros [aos
olhos do SENHOR e do Seu povo, por serem instrumento de morte, em contato com
cadáveres, sujos de sangue e fezes] permaneciam [fincados]
no chão esperando sua próxima vítima."
Historiador Hershel Shanks https://www.biblicalarchaeology.org/daily/biblical-topics/crucifixion/roman-crucifixion-methods-reveal-the-history-of-crucifixion/ [Hélio não gosta de alguns dos desenhos e palavras dele, particularmente sugerindo que foram usadas cordas e não cravos. Mas o argumento dele, acima, faz todo sentido e é compatível com a Bíblia.]
NOTA HISTÓRICA 2:
"...
Neste ponto, vamos tratar da tortura romana da crucificação na sociedade
judaica (hebraica). De acordo com Monsenhor Ricci [a quem combato, nos
aspectos da crucificação], Jesus carregou apenas o patíbulo [a parte
horizontal da cruz]. Sua suposição foi baseada no fato de que os romanos
costumavam manter os estipes ou estipites [a parte vertical da cruz]
fincados no terreno designado para a crucificação dos condenados. Esta
suposição está certa [para todos os outros locais], mas não é
adequada para a Palestina, e para Jerusalém em particular, onde o Templo e a presença
de muitos sacerdotes que nele serviam obrigavam que a observância das regras
judaicas fosse mais estrita e mais rigorosa do que em qualquer outro lugar.
De acordo com a crença judaica, as pessoas tinham que evitar qualquer
contaminação com tudo o que tinha tocado o sangue de um condenado ou vítima de
uma violenta morte. A regra afirmava que tudo tinha que ser queimado ou removido.
Além disso, tudo o que foi tocado por um cadáver era considerado "impuro",
motivo pelo qual quem tivesse que enfrentar tal evento [de tocar no
cadáver] (por causa do amor, trabalho ou compaixão), teria que se
submeter à purificação de acordo com regras estritas. As regras mencionadas
acima estão listadas em Números (19:11-21; 31:18-24). As mesmas regras, mas
muito mais detalhadas, foram citadas pela tradição judaica no Talmude, onde elas
foram cuidadosamente codificadas.
Era impossível, portanto, que, na comunidade judaica dentro e próxima ao redor
de Jerusalém, os romanos pudessem manter os estipites [partes verticais da
cruz] permanentemente fincados em seus lugares, apesar do fato de estarem
poluídos com o sangue e as fezes dos condenados. ... ... ...
[Em Jerusalém e suas proximidades,] uma vez que o corpo
morto do condenado tivesse sido enterrado ... ... ..., a cruz tinha que ser
enterrada ou queimada em um solo não consagrado, longe de qualquer cidade ou
vila. ... ... ... Temos que deduzir que eles [os
romanos] não ajudavam os condenados locais a carregarem aqueles postes [quer
cruzes completas, em Jerusalém, ou somente seus patíbulos, noutras cidades]
nos próprios dias de suas crucificações. Tanto cuidado misericordioso [do
cruéis romanos], prestado a homens condenados à aviltante tortura da crucificação,
teria sido bastante inacreditável. Os condenados tinham que carregar suas
próprias cruzes até o local designado para suas execuções. Esta é a razão pela
qual Jesus foi tão rapidamente libertado do peso de Sua cruz que foi dado ao
infeliz Simão de Cirene."
Historiador C.M.Glori, em http://www.acheiropoietos.info/proceedings/GloriWeb.pdf
[Hélio não gosta do viés romanista e de alguns dos desenhos e palavras dele.
Mas o seu argumento, acima, faz sentido e é compatível com a Bíblia.]
CONCLUSÕES por Hélio:
Uma vez que "em Jerusalém e suas
proximidades, uma vez que o corpo morto do condenado tivesse sido enterrado ...
... ..., a cruz tinha que ser enterrada ou queimada em um solo não consagrado,
longe de qualquer cidade ou vila," então eu tendo a concluir, até
alguém apresentar irrefutáveis provas contrárias, que:
a) Em Jerusalém, depois
de cada execução a cruz completa era arrancada, queimada e enterrada muito
longe;
b) Em Jerusalém, cada condenado à crucificação tinha que carregar uma inteira cruz
NOVA, pelo menos até sair da cidade;
c) Jesus levou toda a cruz (entre menos de 30 kg, se madeira leve e pouco
grossa, a mais de 100 kg, se madeira pesada e grossa? Mais provavelmente em
torno de 50 kg?), cerca de 120 metros no plano desde o Palácio de Pilatos até o
portão de Gennath? Depois Simão Cananeu levou mais cerca de 480 metros, ladeira
acima, até o Gólgota?
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