quinta-feira, 12 de novembro de 2020

 

Distinções importantes entre Israel e a Igreja

         A profecia encontrada em Daniel 9:24-27 é uma chave para a compreensão da era intermediária entre a história de Israel e a igreja. A história de Israel, começando com a reconstrução de Jerusalém, até a segunda vinda do Messias, está incorporada às profecias das 70 semanas de Daniel. Sabemos que o Messias foi cortado (referindo-se à Sua morte violenta), após a 69ª. Semana, e sabemos também, pelo Livro do Apocalipse e outras passagens da Escritura, que a 70ª. semana ainda está no futuro e é representada pelos sete anos finais, antes do Messias voltar à Terra. Entre a 69ª. e a 70ª. semanas, existe uma “lacuna” de aproximadamente 2.000 anos, durante a qual Deus tem edificado a Sua Igreja (Mateus 16:18) e visitado as nações, a fim de escolher o Seu povo, pois, “Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome”. (Atos 15:14).

       É altamente significativo que esta profecia da 70ª. semana de Daniel, conquanto detalhando a história do povo de Deus, “setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo” (Daniel 9:24), nada tenha a dizer sobre um período da história, agora conhecido como perdurando dois milênios. Quando esta admirável “lacuna” ou “parêntese” é integrada à grande profecia cronológica de Daniel, o intérprete é forçado a distinguir duas histórias: 1) a história declarada de Israel (490 anos); 2) a não declarada história parentética da Igreja (de quase 2.000 anos). Deus tem uma história ou programa distinto para Israel, bem como uma história ou programa distinto para a Sua Igreja. Os dois programas se harmonizam perfeitamente, sem interferir um com o outro, nem coincidir no período de tempo. A história da Igreja estará em completo declínio, no período de tempo, após a conclusão da 69ª. semana e antes do início da 70ª. semana.


Distinções Vitais entre Israel e a Igreja - Os dispensacionalistas se distinguem dos não dispensacionalistas no sentido de que reconhecem as claras distinções bíblicas entre Israel e a Igreja. As seguintes distinções estão embasadas nos claros ensinos das Escrituras, quando interpretadas  em sentido claro, normal e literal. Por exemplo, os não dispensacionalistas se horrorizam diante do pensamento  de que os antigos sacrifícios de animais serão praticados no Reino Messiânico, mas isto foi o que os profetas do Antigo Testamento predisseram. [Para um estudo adicional, ver “The Milenial Temple of Ezekiel, 40-48, pelo Dr. John Whitcomb - “An Exercise in Literal Interpretation”].  Na carta abaixo, o termo “Igreja” se refere à Igreja constituída de crentes nascidos de novo e não de meros cristãos professos, que não tenham uma vida com o Filho de Deus: “Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida”.  (1 João 5:12). “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (verso 20).


Comparações e Contrastes entre Israel e a Igreja


Israel é uma nação escolhida por Deus e mantida pelas promessas (Deuteronômio 7:6-9). Nem todos os indivíduos nesta nação escolhida são salvos (Romanos 9:6; 11:28)

A Igreja é uma assembléia de crentes chamados para fora, os quais foram batizados no corpo de Cristo (1 Coríntios 12:13. Cada membro do corpo de Cristo é salvo, embora haja multidões de cristãos professos que talvez não sejam salvos. [Um dos primeiros sinais de conversão é o amor pelo estudo da Palavra de Deus].

Israel traça a sua origem a Abraão, Isaque e Jacó (Jacó sendo o pai das doze tribos de Israel)

A Igreja traça a sua origem ao Dia de Pentecoste (Atos 2), quando os primeiros crentes foram colocados no corpo de Cristo.

No programa de Deus para Israel, Suas testemunhas compõem uma nação.

No programa de Deus para a Igreja, Suas testemunhas estão entre as nações. (Atos 1:8).

O programa de Deus para Israel será novamente centralizado numa cidade - Jerusalém (Mateus 23:37), durante a Tribulação (Mateus 24:15-20), e durante o Milênio (Isaías 2:1-5).

O programa de Deus para a Igreja começou em Jerusalém e se estendeu aos confins  da Terra (Lucas 24:47; Atos 1:8). A Igreja se identifica com o Cristo ressuscitado, não com qualquer cidade terrena.

A esperança e expectação de Israel era terrena, centralizada no estabelecimento do Reino do Messias predito pelos profetas (Jeremias 23:5-8; Isaías 2:1-5; 11:1-16).

A esperança e expectação da Igreja  é celestial, centralizada no glorioso aparecimento de Cristo, para arrebatar o Seu povo ao Céu (João 14:1-3; Filipenses 3:20-21; Colossenses 3:1-4; 1 Tessalonicenses 4:13-18).

O propósito e programa de Deus para Israel foi revelado no Antigo Testamento das Escrituras.

O propósito de programa de Deus para a Igreja não foi revelado no Antigo Testamento, mas pelos apóstolos e profetas do Novo Testamento (Efésios 3:5).

A história de Israel, conforme é vista em Daniel 9:24 (os 490 anos, incluindo também a Tribulação), envolve o templo em Jerusalém. O mesmo diz respeito ao Milênio (Ezequiel Capítulos 40-48).

Durante a maior parte da era da Igreja, não existe um templo em Jerusalém. Nesta era, Deus manifesta a Sua glória nos crentes verdadeiros, tanto individual como coletivamente, designando-os como o Seu templo (1 Coríntios  3:16; 6:19-20; Efésios 2:21-22). Isto é realizado  pela habitação do Espírito Santo em cada indivíduo nascido de novo.

A história de Israel, conforme é vista em Daniel 9:24 (os 490 anos), envolve um sacerdócio limitado aos filhos de Arão, excluindo a maior parte dos israelitas. O mesmo se aplica ao Milênio, quando os sacerdotes de Zadoque (também descendentes de Arão) servirão no templo (Ezequiel 40:46; 43:19; 44:15).

Durante a era da Igreja, cada crente verdadeiro é um sacerdote capacitado a oferecer sacrifícios espirituais ao Senhor (Hebreus 13:15; 1 Pedro 2:9; Apocalipse 1:6). Enquanto Israel teve um sacerdócio, a Igreja é um sacerdócio.

A história de Israel, conforme  é vista em Daniel 9:24 (os 490 anos), terminará com a vinda do Messias à Terra, para estabelecer o Seu Reino.

A história da Igreja  terminará com o Arrebatamento dos crentes, quando a plenitude dos gentios haja entrado (1 Tessalonicenses 4:13-18; Romanos 11:25).

Durante a história de Israel (os 490 anos de Daniel 9:24, que também incluem a Tribulação), a divisão étnica do mundo é dividida entre judeus e gentios.  Esta divisão de todos os povos em judeus e gentios também se aplica àqueles no lugar de adoração em Israel, centralizado em Jerusalém (Daniel 6:10; João 4:20) e o mesmo acontecerá na Tribulação (Daniel 9:27) e no Milênio (Isaías 2:1-5).

Durante a era da Igreja, do Pentecoste até o Arrebatamento, a divisão étnica do mundo é tripla: judeus, gentios e Igreja de Deus (1 Coríntios 10:32),  sendo a Igreja composta de judeus e gentios unidos em um só corpo (Efésios 5:23).

O lugar de adoração de Israel está centralizado em Jerusalém (Daniel 6:10; João 4:20) e o mesmo acontecerá na Tribulação (Daniel 9:27) e no Milênio (Isaías 2:1-5).

O lugar de adoração da Igreja é “onde estiverem dois ou três reunidos em Meu Nome , aí estou eu no meio deles ” (Mateus 18:20; João 4:21-24). Cristo está no meio de Suas Igrejas (Apocalipse 1:13,20).

Israel é comparada à esposa de Jeová, geralmente como uma esposa infiel (Oséias).

A Igreja é a amada Noiva de Cristo (2 Coríntios 11:2; Apocalipse 19:7-8), a qual será apresentada, um dia, como gloriosa e sem mácula (Efésios 5:27).


“Vital Distinctions Between Israel and The Church”.

www.middletownbiblechurch.org


Traduzido por Mary Schultze, em 24/05/2012.

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