OS
MANUSCRITOS DO MAR MORTO
por David Cloud
Ampliado e Editado em 2 de novembro
de 2016
(Primeiramente publicado em 8 de
junho de 2010)
Way of Life Literature, P.O. Box 610368, Port Huron, MI 48061, 866-295-4143, fbns@wayoflife.org
Texto Original: < https://www.wayoflife.org/reports/dead_sea_scrolls.html >
Eu tenho lido sobre os Manuscritos do Mar Morto há anos, mas meu interesse foi
instigado ao nível mais elevado recentemente depois de visitar dois sites
associados a eles: as cavernas e o museu em Qumran, e o Santuário do Livro em
Jerusalém, onde os primeiros sete rolos estão alojados.
Os pergaminhos foram descobertos entre 1947 e 1956 em 11 cavernas perto da
costa noroeste do Mar Morto,
Os pergaminhos foram preservados pelo clima extremamente seco das cavernas, que estão a 390 metros abaixo do nível do mar.
Os pergaminhos contêm os restos de cerca de 900 escritos diferentes, principalmente escritos entre 200 aC. e 68 d.C. A grande maioria dos pergaminhos estão em fragmentos. Os Manuscritos do Mar Morto foram chamados de “o maior quebra-cabeça do mundo”. A maioria dos manuscritos foi escrita em pergaminho (peles de ovelha ou cabra), enquanto uma minoria estava escrita em papiro (papel feito da planta de papiro), e argila, e dois foram escritos em cobre (Geza Vermes, The Story of the Scrolls [A História dos Rolos Manuscritos], 2010).
80% dos pergaminhos estão escritos em hebraico, e 25% deles são livros da Bíblia. Há partes de todos os livros do Antigo Testamento, exceto Ester, confirmando assim o cânone tradicional das Escrituras. Há 15 cópias de Gênesis, 17 de Êxodo, 13 de Levítico, 8 de Números, 29 de Deuteronômio, 2 de Josué, 3 de Juízes, 21 de Isaías, 6 de Jeremias, 6 de Ezequiel, 36 de Salmos, 2 de Provérbios, e 4 de Rute.
Não havia porções de livros do Novo Testamento entre os Manuscritos do Mar Morto, e Jesus não é mencionado neles.
Testes avançados de datação, no início da década de 1990, confirmaram que os pergaminhos bíblicos datam dos dois séculos antes de Cristo (George Bonani, “Testes com Carbono 14 Comprovam a Data dos Manuscritos”, Biblical Archaeology Review [Revista de Arqueologia Bíblica], Novembro/Dezembro de 1991, p. 72).
O GRANDE ROLO DE ISAÍAS
O livro mais importante e completo do Antigo Testamento entre os Manuscritos do
Mar Morto é o Grande Rolo de Isaías, que contém todos os 66 capítulos de
Isaías. Foi encontrado na primeira caverna e foi escrito em 17 peças de pele de
carneiro costuradas juntas para formar um pergaminho com cerca de 7,31m de
comprimento. Reside no Santuário do Livro, no Museu de Israel, em Jerusalém, e
um fac-símile [muito] realista está em exibição na sala principal. Foi datado
pelo menos quatro vezes pelo método do carbono 14 e os resultados variaram
entre 335 e 107 a.C. Outras técnicas (por exemplo, material de escrita e
estilo, moedas associadas e outros artefatos) o dataram de 150-100 a.C. Assim,
foi escrito pelo menos um século antes de Cristo e provavelmente dois séculos
antes.
A SEITA DOS ESSÊNIOS
Os livros não bíblicos dos Manuscritos do Mar Morto representam uma
ampla gama de livros, muitos dos quais são os ensinamentos heréticos de
uma seita judaica chamada Essênios, que provavelmente funcionava uma comunidade
monástica nas proximidades de Qumran. Eles se consideravam o verdadeiro
Israel e acreditavam que Deus os havia chamado para restaurar a Lei de Moisés e
estabelecer o reino de Deus na Terra. Seu líder era chamado de “O Mestre da
Justiça”.
Crendo que o culto no Templo em Jerusalém era impuro, eles se separaram dele e
se mudaram para o deserto para aguardar a vinda do Messias, pensando que
estavam cumprindo Isaías 40:3.
Is 40:3 Voz do que clama no deserto: "Preparai o caminho do SENHOR;
endireitai no ermo uma estrada elevada para nosso Deus.
Eles se viram como os “Filhos da Luz” e os “Filhos da Justiça” e viram
todos os outros como “os Filhos da Treva”, e esperavam que o Messias voltasse e
os guiasse para derrotar os “exércitos de Belial” em uma extensa guerra e
depois edificar um novo Templo e restabelecer a adoração pura do Templo.
Isso é descrito em seus livros The War Rule [A Lei da Guerra] e The New
Jerusalem [A Nova Jerusalém].
Eles aguardavam que o novo Templo funcionasse pelo Livro do Templo, que
era um rolo de 8,5 metros que pretendia ser a instrução de Deus para Israel
para o funcionamento do Templo. Eles esperavam que um profeta do fim do tempo
e dois Messias liderassem na [guerra, vitória contra, e] conquista dos
Filhos das Trevas (os gentios e judeus apóstatas). Um era um Messias
sacerdotal da linhagem de Arão, conhecido como o Intérprete da Lei, e o
outro era um “Messias leigo”, que eles chamavam de “Ramo de Davi” (Vermes,
p. 188). Esta confusão surgiu de seu mal entendido sobre as profecias
messiânicas. O ramo de Davi é, na verdade, o exclusivo e único Messias, o qual
veio na pessoa de Jesus e foi rejeitado, assim como Isaías 53 profetizou.
Os essênios eram ascéticos e legalistas ao extremo. Eles vestiam suas
roupas [anos e anos a fio] até caírem em pedaços e viveram com uma dieta
frugal. Eles [somente] usavam vestes brancas e tomavam banhos rituais
frequentes. A maioria era celibatária, mas aqueles que se casaram
tiveram que se submeter às regras da comunidade, mesmo em questões de
intimidade. Se um marido e mulher tivessem relações íntimas “contra as regras”,
eles eram expulsos da comunidade [isto é, casamento era mal visto, e sexo,
mesmo dentro do casamento, não podia ser costumeiro e buscar prazer, mas somente podia existir para
fins de procriação.] Eles eram observadores fanáticos do sábado, não
podendo ajudar um animal em trabalho de parto ou retirar um animal de um buraco
em que caiu, e mesmo se um homem caísse em um poço ou na água, nenhuma corda
ou escada poderia ser usada em seu resgate. Eles eram sigilosos, com alguns
de seus livros escritos em código, e os membros eram proibidos de
comunicar os ensinamentos secretos aos estrangeiros.
Eles interpretaram a Escritura de forma alegórica seguindo a moda
de Orígenes [séculos depois], que destrói sua autoridade inerente, tornando
a mente do intérprete a [suprema] autoridade.
Embora uma minoria de eruditos tenha duvidado acerca da possibilidade da
comunidade de Qumran estar diretamente associada aos pergaminhos encontrados
nas cavernas próximas, a evidência parece esmagadora. Primeiro, [essa
associação] é a conclusão mais óbvia. A maioria das cavernas fica a poucos
passos de Qumran. A caverna 4, que continha dois terços dos Manuscritos do Mar
Morto, não era apenas um lugar de pronto depósito, mas uma biblioteca real com
prateleiras de madeira. Em segundo lugar, os jarros em que os pergaminhos foram
colocados [,
lacrados e encontrados] são exatamente como os encontrados em Qumran. Em terceiro lugar, a
evidência de que se escrevia rolos [uma espécie de gráfica] foi
encontrada em Qumran [a
mais de 40km de distância]. Em quarto lugar, não faz sentido
que os judeus de Jerusalém se arriscassem em transportar os pergaminhos até
Qumran, com os exércitos romanos espalhados pelos campos, quando havia bons
esconderijos nas proximidades [de Jerusalém]. Em quinto
lugar, muitos dos pergaminhos são contrários a todas as instituições [lideranças e
autoridades, religiosas ou governamentais] [judaicas]. Eles
foram escritos por uma seita que havia sido expulsa do templo em Jerusalém e se
opunha aos líderes judeus daquele dia. Sexto, Qumran se encaixa no local onde o
filósofo romano Plínio situava o assentamento Essênio, na margem ocidental do
Mar Morto.
O sítio de Qumran foi amplamente escavado e hoje é um museu ao ar livre.
EVIDÊNCIA DE QUE A
PROFECIA BÍBLICA FOI PRÉ-ESCRITA
Para o crente na Bíblia, o
maior significado dos Manuscritos do Mar Morto é que eles provam que as
centenas de profecias messiânicas no Antigo Testamento foram escritas ANTES do
nascimento de Jesus e assim autenticar sua origem divina e Sua Divindade como o
Filho de Deus.
Por
exemplo, o Salmo 22 e Isaías 53 descrevem o sofrimento de Cristo em grande
detalhe, incluindo a rejeição da nação hebraica, a injustiça de Seu julgamento,
os cravos de Suas mãos e pés, o lançar de sortes dos soldados a respeito da Sua
roupa, as palavras reais que Ele falou na cruz, a zombaria da multidão e o
sepultamento dele no túmulo de um rico. É impossível que tais coisas tenham
sido conhecidas antes que Jesus nascesse, exceto pela revelação divina.
AUTENTICAÇÃO DA BÍBLIA
HEBRAICA MASSORÉTICA
Os Manuscritos do Mar Morto contêm evidências poderosas para a autenticidade do
Texto Massorético Hebraico [Ben Chayym, impresso por Bomberg]que foi a base
para as grandes Bíblias da Reforma, como a de Lutero em alemão, a King James em
inglês [, a Almeida em português] e a Reina Valera em espanhol. O Texto
Massorético foi preservado pelo meticuloso trabalho de escribas hebraicos antes
da invenção de impressa por tipo móvel no século XV. (A primeira Bíblia
hebraica impressa apareceu em 1488.)
A palavra "massorá" refere-se à transmissão fiel da Bíblia. Os
escribas Massoretas contaram realmente cada palavra dos manuscritos [na
realidade, cada letra Aleph, Bet, Guímel,...], e se um erro [mesmo de uma só
letra] tivesse sido cometido [depois descoberto nessas conferências letra por
letra], essa seção deveria ser destruída. 60 a 65% dos manuscritos da Bíblia
encontrados no Mar Morto representam [exatamente, sem diferença de
nenhuma letra nesta enorme parte do manuscrito] o Texto Massorético. Isso é
surpreendente, uma vez que os mais antigos códices hebraicos do texto
Massorético [que tinham sobrevivido fisicamente e foram] usados por eruditos do
texto nos séculos XVI e XVII (como o manuscrito Aleppo) foram escritos mais de
mil anos após os Manuscritos do Mar Morto.
As diferenças entre os Manuscritos do Mar Morto conservadores e o Texto
Massorético são extremamente pequenas, em grande parte relacionadas com
ortografia ou gramática, a omissão ou adição de uma palavra, ou a mistura de
letras hebraicas. Por exemplo, em Isaías 7:14, Emanuel são duas palavras no
Texto Massorético [ עִמָּ֥נוּ אֵֽל׃]
[ImManu El] e uma palavra no Grande Rolo de Isaías [עִמָּ֥נואֵֽל׃]
[ImManuEl], mas é o mesmo nome.
A concordância do Grande Rolo de Isaías com o texto Massorético é chamada de
"impressionante" pelo Dr. Ernst Wurthwein e
"extraordinariamente próxima" por Adolfo Roitman (Wurthwein, The
Text of the Old Testament [O Texto do Velho Testamento], 1979, p. 144;
Roitman, The Bible in the Shrine of the Book [A Bíblia no Santuário do
Livro], 2006, p. 43).
Comparando Isaias 53 no Grande Rolo de Isaías do ano 100-200 a.C. e o Códice de
Aleppo do ano 900 d.C., a palavra "luz" (três letras em hebraico) é
adicionada no Grande Rolo de Isaías em Isaías 53:11 [Ele verá [o fruto] do trabalho
da Sua alma, [e] ficará
satisfeito; com o Seu conhecimento o Meu Servo, o Justo, justificará a muitos;
porque as iniquidades deles levará *Ele* sobre Si. (LTT)]. De acordo com
o Dr. Peter Flint, um dos publicadores dos Manuscritos do Mar Morto, o Grande
Rolo de Isaías em 53:11 se lê: "Do trabalho da alma dEle, ele verá a
luz" ("The Great Isaiah Scroll and the Original Bible: An
Interview with Dr. Peter Flint" [O Grande Rolo de Isaías e a Bíblia
Original: Uma Entrevista com Dr. Peter Flint], Bible and Spade, Outono
de 2010).
Talvez a diferença mais significativa entre os Manuscritos do Mar Morto e o
Texto Massorético seja encontrada no Salmo 145. Este é um salmo acróstico em
que cada [novo] verso começa com a seguinte letra do alfabeto hebraico [em
sequência]. No texto Massorético, o versículo 13 começa com a 13ª letra do
alfabeto hebraico, mas o versículo 14 começa com a 15ª letra e falta a 14ª letra
(Nun). O salmo 145 em um dos Manuscritos do Mar Morto (11QPs-a) tem a 14ª
letra que começa esta declaração [acrescentada]: "O SENHOR é fiel em todas as suas palavras e
amável em todas as suas obras". As palavras também aparecem na
Septuaginta e na Peshitta Siríaca . Algumas versões modernas em inglês,
incluindo a Revised Standard Version (RSV), a English Revised Version (ERV), a
Nova Versão Internacional (NVI, 1984), a New Revised Standard Version (NRSV) e
a Holman Standard Version (HSV 2003), adicionam a palavras no final do Salmo
145:13, às vezes entre parênteses. Mas o fato de que a linha de Nun está faltando no Salmo 145
não significa que estava originalmente presente.
-
Primeiro, há acrósticos nos Salmos 25 e 34 que não seguem o alfabeto hebraico
exatamente. (Por exemplo, no Salmo 25, o beit está faltando no versículo 2 e o
vav no versículo 5.)
- Segundo, "Do lado estrutural, é bastante comum que o acróstico sofra
variações por motivos estilísticos. Neste caso, um motivo que pode ser
oferecido é porque o autor original escolheu remover uma letra. Com a ausência,
o salmo contém três estrofes iguais de sete versos cada uma" (Matthew
Winzer, Australian Free Church [Igreja Livre Australiana], Victoria).
- Terceiro, do ponto de vista puramente humano, seria estranho que um escriba
apagasse acidentalmente a passagem de Nun e, em seguida, para todo e cada
escriba posterior seguir tal erro, se de fato fosse a leitura original dos
Salmos. Os escribas Massoréticos eram muito cuidadosos para que tal coisa
acontecesse. Eles saberiam que faltava uma linha de Nun e só repetiriam a
omissão com bons fundamentos textuais. É mais provável que não seja parte do
original e que algum escriba que ficou incomodado pela omissão compôs [acrescentou]
a linha para preencher a lacuna. Como veremos, os essênios de Qumran (onde
os Manuscritos do Mar Morto foram encontrados) não tiveram medo de adulterar o
texto da Escritura. Mesmo os eruditos críticos não são unânimes a favor da
leitura de 11QPs-a no Salmo 145.
Embora existam questões como estas, a evidência documental da Bíblia é sem
similar entre os livros antigos. Em contraste, a leitura original de [muitíssimas
e extensas partes de] livros tais como os escritos de Homero e Platão são [completamente]
impossíveis de se restaurar com certeza.
Por exemplo, pensa-se que a Ilíada e a Odisseia de Homero foram compostas no
século VIII a.C., mas os fragmentos mais antigos datam de pelo menos 500 anos
depois. E os manuscritos inteiros mais antigos dos escritos de Homero são dos
séculos X e XI d.C., pelo menos, 1.800 anos após sua escrita. Existem
diferentes edições das histórias, e é impossível saber o que fora dito no
original, com detalhe.
Considere os escritos de Confúcio, filósofo antigo mais famoso da China. O
livro principal que contém seu ensinamento é Analectos, mas foi escrito por
seus discípulos e tomou forma [foi sendo muito modificado, pouco a pouco] ao
longo de um período de centenas de anos, desde cerca de 470 a.C. até 200 d.C..
A parcela existente mais antiga data de cerca de 50 a.C., que é mais de 400
anos após a morte de Confúcio.
Existem quatro razões pelas quais acreditamos que os manuscritos não-massoréticos do Mar Morto não
devem ser usados para [substituir ou] modificar o texto Massorético Hebraico.
Primeiro, Deus prometeu [que Ele mesmo] preservaria
a Sua Palavra [claro que de forma perfeita e incessantemente em uso nas mãos
dos fieis]. Veja Sl 100:5.
Sl 100:5 Porque o SENHOR é bom,
e eterna a Sua misericórdia; e a Sua verdade dura de geração em geração.
[Veja também:
Lembrai-vos
perpetuamente da Sua aliança e da palavra que prescreveu para mil gerações;
(1Cr 16:15)
As palavras do SENHOR são palavras puras, como prata refinada em
fornalha de barro, purificada sete vezes. Tu AS guardarás, SENHOR; desta geração AS livrarás para sempre. (Sl 12:6-7)
As
obras das Suas mãos são verdade e juízo, seguros todos os Seus
mandamentos. Permanecem firmes para todo o sempre; e são
feitos em verdade e retidão. (Sl 111:7-8)
Lámed. Para
sempre, ó SENHOR, a Tua palavra permanece no céu. (Sl 119:89).
[a Bíblia permanece, é perfeita e continuamente preservada: no céu E
na terra!; tanto no céu quanto na terra]
Acerca
dos Teus testemunhos soube, desde a antiguidade, que Tu os fundaste
para sempre. (Sl 119:152)
A Tua palavra é a
verdade desde o princípio, e cada um dos Teus juízos dura para sempre.
(Sl 119:160)
Inclinar-me-ei
para o Teu santo templo, e louvarei o Teu nome pela Tua benignidade, e pela Tua
verdade; pois engrandeceste a Tua PALAVRA acima de todo o Teu nome.
(Sl 138:2)
(Note, em todos estes versos: "palavra", não "conceitos
gerais", não "pensamento principal conforme quisermos
interpretar", não "manuscrito original", etc.)
Seca-se a erva, e
cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente.
(Is 40:8)
Ele, porém,
respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de TODA
a PALAVRA que sai da boca de Deus. (Mt 4:4, cf. Lc 4:4)
Porque em verdade
vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se
omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. (Mt 5:18)
O céu e a terra
passarão, mas as Minhas palavras não hão de passar. (Mt 24:35,
cf. Lc 21:33)
E é mais fácil
passar o céu e a terra do que cair um til da lei. (Lc 16:17)
(O N.T. é melhor e mais glorioso que a Lei! [2Co 3:8,7; He 7:22; 8:6] Portanto,
também nenhuma letra do N.T. jamais sucumbiu!)
... (e a Escritura não pode ser anulada), (Jo 10:35b)
Sendo de novo
gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de
Deus, viva, e que permanece para sempre. (1Pd 1:23)
Mas a palavra
do Senhor permanece para sempre. (1Pd 1:25)
Porque eu
testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se
alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas
que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar
quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da
vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro.
(Ap 22:18-19)
]
Deus pôs a guarda da Escritura nas mãos dos judeus (Rm 3:1-2 1Qual [é], pois, a
superioridade do judeu? Ou qual [é] a utilidade da
circuncisão? 2Muita, em cada aspecto: em primeiro lugar, em
verdade, porque a eles (os judeus) foram confiadas as palavras- divinas de Deus.), e apesar de [os judeus] não terem obedecido às
Escrituras e, apesar de tratá-la com suas vãs tradições rabínicas, eles
reverenciaram as Escrituras, e o texto que preservaram é encontrado no texto
Massorético, representado pelo Códice Aleppo.
Pensar que Deus preservou Sua Palavra através de a esconder numa [desconhecida
e inalcançável] caverna durante a maior parte da história da igreja, [somente
muito] depois fazendo com que ela seja revelada somente no final dos tempos
[das igrejas locais] em uma hora de profunda apostasia, significaria que o
texto mais puro das Escrituras não estava disponível ao povo de Deus durante a
maior parte da era das igrejas [locais].
Isto é contrário ao ensinamento de Cristo em Mateus 28:18-20. Ele ensinou que a
Escritura é preservada pelo seu uso entre o povo de Deus. É preservada nas
igrejas através do discipulado.
Mt 28:18 E, havendo Se
aproximado (deles), Jesus lhes falou, dizendo: "Foi-Me dado todo o poder dentro do céU e sobre a terra.
Mt 28:19 Havendo vós ido, portanto, ensinai- e- fazei- discípulos de
todas as nações
(submergindo-os para dentro de o nome de o Pai, e de o Filho, e de o Espírito
Santo;
Mt 28:20 Ensinando-os a preservar- e- obedecer
todas as coisas, tantas- e- quaisquer quanto Eu vos ordenei): e eis que Eu
convosco estou todos os dias, a saber, até a completação do (este) tempo." Amém.
Os estudiosos agora admitem que o texto massorético era a Bíblia hebraica
padrão no final do período do Segundo Templo [70 d.C.]. Isso foi comprovado não
só pelos Manuscritos do Mar Morto, mas também por pergaminhos encontrados em
Massada, Wadi Murabbaa't, Nahal Hever e Nahal Tze'elim. Adolfo Roitman diz que o Massorético
"aparentemente se tornou o texto autoritário para o judaísmo dominante no
final do período do Segundo Templo [70 d.C.]" (The Bible and the Shrine of the Book [A Bíblia e o Santuário do
Livro], p. 56).
À
luz de Romanos 3:1-2, isso é uma grande admissão!
Rm 3:1 Qual é, pois, a superioridade do judeu? Ou qual é a
utilidade da circuncisão?
Rm
3:2 Muita, em cada
aspecto: em primeiro
lugar, em verdade, porque a eles (os judeus) foram confiadas as palavras-
divinas de Deus.
Os estudiosos liberais [que descrentes!] veem o texto Massorético e os textos
Samaritano e da Septuaginta como representando textos igualmente legítimos.
Eles acreditam que foi somente porque os rabinos proibiram a eles [Samaritano,
Essênico, e Septuaginta] que o texto Massorético triunfou. Geza Vermes diz:
"[A existência de ambos os textos Massorético e a Septuaginta, dentro dos
Manuscritos do Mar Morto] sugere que, na época de Qumran, os textos hebraicos
correspondentes ao samaritano e às versões gregas antigas circularam em conjunto,
reforçando assim a teoria de que a forma do texto hebraico proto-Massorético, o
Samaritano e a Septuaginta coexistiram alegremente antes da censura rabínica
eliminar os dois últimos em torno de 100 d.C." (The Story of the
Scrolls [A História dos Manuscritos], pág. 106).
Isso é quase exatamente o que os estudiosos liberais [que descrentes!] do Novo
Testamento acreditam sobre o texto grego Alexandrino. Eles pensam que o texto
grego tradicional subjacente às Bíblias protestantes ganhou apenas porque foi
proclamado oficial pelos concílios da igreja e pressionado pelas autoridades da
igreja. A razão pela qual eles mantêm essa visão é que eles não creem que o
Antigo e o Novo Testamento foram dados pela [absolutamente perfeita] inspiração
divina e preservados [de forma absolutamente perfeita] pelo mesmo Deus que os
criou. Para eles, a Bíblia é apenas um produto humano e, ao estudá-la, eles
apenas consideram o elemento humano. Tal como os saduceus antigos, os
modernistas erram ao não conhecer o poder de Deus (Mc 12:24 E, (nisso) havendo respondido, Jesus lhes disse: "[Porventura] não estais vós sendo enganados- feitos-
extraviar através disto: não tendo vós conhecido as Escrituras, nem o
poder de Deus?).
À luz da declaração de Paulo em Romanos 3:1-2 [acima] e das muitas promessas na
Escritura de que Deus preservaria Sua Palavra, sabemos que Deus supervisionou a
[absolutamente perfeita] transmissão do Antigo Testamento, e Deus liderou
os rabinos judeus, mesmo em sua incredulidade e cegueira espiritual, para
preservar [de forma absolutamente PERFEITA] a Bíblia MASSORÉTICA. Esta
Bíblia foi publicada não muito depois da invenção da imprensa [de tipos móveis,
por Gutemberg], e foi traduzida em todas as principais línguas das nações
durante o primeiro século da Reforma.
Em segundo lugar, não é mais provável que
Deus preservasse o Antigo Testamento pelas mãos de uma estranha [herética] seita
judaica do que Ele preservaria o Novo Testamento pelas mãos da [herética] seita
moderna da crítica textual. A Bíblia adverte o povo de Deus para marcar e
evitar hereges (Rm 16:17-18 17Ora, rogo-vos,
ó irmãos, observar[des] - em- minúcias- e- tomando- cuidados aqueles [que estão] promovendo as divisões (contrárias à doutrina) e as iscas de armadilha contrárias à
doutrina que *vós* aprendestes; e estejais- apartando-vos para- longe- deles. 18Porque [os] tais a o nosso Senhor Jesus Cristo não
servem, mas ao ventre deles próprios; e, através das [suas]
suaves palavras e lisonjas, enganam os corações dos simples.).
Portanto, não é razoável pensar que Deus usaria tais hereges [Essênios e
Modernos Críticos Textuais] para preservar a Escritura.
Três, o texto "tipo
Septuaginta", representado pelos Manuscritos não-Massoréticos do Mar Morto,
é uma tradução do tipo de paráfrase, que nunca deve ser usada para
corrigir o hebraico. (Cópias da Septuaginta foram encontradas em Qumran em
hebraico e em grego).
[Hélio admite que possam ter existido várias traduções (independentes,
diferentes entre si, não muito fieis, contendo paráfrases) de partes do VT
hebraico para o grego, mas rejeita ter havido um inteiro VT em grego, que foi
sancionado pelos líderes judeus, era considerado autoridade, era usado por
todos, foi citado por Jesus e seus discípulos, e seu nome era Septuaginta, isto
é uma fraude. Ver http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-Traducoes/PodeSeptuagintaInicialTerSidoBoa-Helio.htm ]
Em quarto lugar, há evidências de que a
seita de Qumran não teve medo de adulterar as Escrituras. Eles "arrogaram
para si mesmos o direito à liberdade criativa e consideraram seu dever melhorar
o trabalho [as Escrituras] que estavam propagando" (Vermes, p. 109).
Eles até inventaram seus próprios livros, como o Pergaminho do Templo, que se
esforçaram para fazer crer que tinha Deus por autor. Seria tolo se
modificar [na modernidade] o texto da Bíblia tradicional que nos foi
transmitido de geração em geração pela providência divina, modificar com base
em uma "evidência" tão frágil.
Outra razão para o crente na Bíblia ser cauteloso a respeito dos Manuscritos do
Mar Morto é que a recuperação, a tradução e a análise deles foram feitas por
estudiosos céticos [descrentes na Bíblia, portanto perdidos!].
Desses editores originais, quatro eram sacerdotes católicos liberais[puxa!], um
era um metodista que se tornou agnóstico [que horror!], e outro era anglicano
que se converteu a Roma [puxa, caramba, que horror!]. Dois eram alcoólatras [!].
A maioria dos estudiosos liberais [portanto descrentes, perdidos] da Bíblia
considera que os escritos da seita herética, encontrados nas cavernas do Mar
Morto, estão em igual autoridade com as Escrituras. Não acreditando que o Novo
Testamento foi dado pela inspiração divina, esses estudiosos ainda estão procurando
a "chave capaz de abrir o mistério de Jesus e o nascimento da
Igreja". Muitos pensam ter encontrado isso nos Manuscritos não-bíblicos do
Mar Morto.
Um dos editores originais, John Allegro, afirmou na década de 1950 que os
pergaminhos continham uma descrição da crucificação de um Mestre de Justiça que
ele identificou com Jesus. Imediatamente, os outros membros do comitê editorial
emitiram uma declaração ao London Times, 15 de março de 1956, dizendo: "Não
encontramos nenhuma crucificação do 'mestre', nenhuma deposição da cruz e
nenhum 'corpo quebrado de seu Mestre' para ser vigiado até ao Dia do Juízo
Final. ... É nossa convicção de que ele leu mal os textos ou construiu uma
cadeia de conjecturas que os materiais não suportam".
Apesar disso, Allegro e outros continuaram a reivindicar que o Mestre de
Justiça descrito nos pergaminhos se refere a Jesus ou a João Batista ou a
Tiago, irmão de Jesus.
Em 1970, Allegro publicou um livro intitulado The Sacred Mushroom and
the Cross [O Cogumelo Sagrado e a Cruz], afirmando que o cristianismo se
originou com um cogumelo alucinógeno.
Como o comitê editorial procrastinou na publicação de todos os pergaminhos
[tidos como dos essênios de Qumram], surgiu um rumor de que os pergaminhos
continham material prejudicial ao cristianismo e que o Vaticano ordenou que
fossem mantidos em segredo. Todo o material já foi publicado e não há nada
prejudicial para a causa de Cristo. "... apesar da busca
mais profunda de todo o mundo acadêmico à procura de explosivos ocultos,
ninguém trouxe qualquer coisa que possa sacudir os alicerces do cristianismo,
do judaísmo ou de qualquer religião" (Vermes, p.91).
O SANTUÁRIO DO LIVRO
É fascinante que as duas maiores testemunhas históricas da autoridade da Bíblia
hebraica Massorética estejam localizadas em um só lugar, o Santuário do Livro
em Jerusalém, um braço do Museu de Israel. Eles são os guardiões tanto do
Grande Rolo de Isaías como do Códice de Aleppo, o mais importante antigo e
primitivo Velho Testamento Massorético.
O códice de Aleppo (conhecido em hebraico como Ha-Keter, que significa a Coroa)
foi feito em cerca de 920 d.C. em Tiberíades, que era um centro de estudos
judeus depois da destruição de Jerusalém. Foi também um centro para a criação
do Talmude, que é uma coleção de tradição judaica que foi elevada (na prática)
a uma autoridade igual à da Escritura, o que Jesus condenou profundamente em
Mateus 15:2,3,6.
Mt 15:3 Ele (Jesus), porém, (nisso) havendo respondido, lhes
disse: "Por que, também vós,
caminhais- desviando-se do mandamento de Deus, através da vossa tradição?
Mt
15:6 E, assim, fizestes de nenhum efeito o mandamento de Deus,
através da vossa tradição.
O manuscrito de Aleppo foi copiado por Shlomo Ben Boya'a, e as marcas de vogais
foram adicionadas pelo renomado mestre escrivão Aaron ben Asher [cerca de 895
d.C.]. Durante quase 1.000 anos, "foi usado como texto padrão na correção
de livros", enquanto "as gerações de escribas fizeram peregrinações
para consultá-lo" (Roitman, p. 62). Residiu na sinagoga do Cairo, Egito,
de cerca de 1099 a 1375, quando foi transportado para a sinagoga em Aleppo, na
Síria, onde residia em uma caixa de metal com dupla tranca na "Caverna de
Elias" (segundo a tradição, Elias, o profeta, foi exilado lá.) As chaves
eram guardadas por dois homens proeminentes e a caixa só poderia ser aberta na
presença de ambos os homens sob a autoridade dos líderes da sinagoga. Em 2 de
dezembro de 1947, após a adoção da resolução da ONU para estabelecer um estado
judeu, a sinagoga de Aleppo foi destruída por criminosos muçulmanos durante os
tumultos que explodiram em todo o mundo árabe. Os manifestantes invadiram a
caixa de ferro e arrancaram páginas do Codex e atiraram no chão. A maioria do
Pentateuco estava perdida, em adição a outras porções. Alguém recuperou o
Códice danificado e ele foi escondido pelos anos posteriores.
Em 1958, o Códice de Aleppo foi contrabandeado para a Turquia escondido em uma
máquina de lavar roupa e, a partir daí, trazido para Jerusalém (Roitman, p.
65). Foi restaurado laboriosamente durante um período de seis anos pelo Museu
de Israel e hoje está em exibição no Santuário do Livro.
CONCLUSÃO
Achados arqueológicos, como os Manuscritos do Mar Morto, são interessantes para
o crente na Bíblia, mas não são essenciais. Nossa fé se baseia em algo muito
mais sólido do que fragmentos frágeis de pergaminhos antigos. Nossa fé está na
Palavra infalível de um Deus que não pode mentir, uma Palavra autenticada por "muitas
provas infalíveis" (Atos 1:3 Aos quais (apóstolos) também apresentou a Si mesmo vivendo (depois de ter
padecido), (apresentou) com muitas provas- infalíveis, durante quarenta dias sendo visto por
eles e falando das coisas concernentes ao reinar de Deus.).
David
Cloud
Traduzido por Ícaro Alencar de Oliveira. Rio Branco – Acre, em 16 de novembro
de 2017.
******************************** Acréscimo 1 *************
Os Rolos
Manuscritos Do Museu da Bíblia São, Todos Eles, Falsificações. MICHAEL GRESHKO.
National Geographic, History. 2020.03.13. Tudo comprovado e documentado e
reconhecido pelo próprio museu.
Exclusive: 'Dead Sea Scrolls' at the
Museum of the Bible are all forgeries
|
Falamos do Museu da Bíblia, em Washington, que tem 16 rolos
manuscritos comprados como se fossem de cavernas de Qumram, agora confessam que
foram enganados, todos são falsificações. Não sei sobre o Santuário do Livro, o
Museu de Qumram, o Museu de Israel em Jerusalém.
Hélio.
********************************
Acréscimo 2 *************
Mentira histórica: a farsa dos manuscritos do Mar
Morto
De Aventuras
na História · Mentira histórica: a farsa dos manuscritos do Mar Morto
(ampproject.org):
Datados
de 4 a.C., os manuscritos do Mar Morto são
considerados o exemplar mais antigo da Bíblia Hebraica já encontrado. Em 2009,
o Museu da Bíblia, localizado em Washington, nos Estados Unidos, adquiriu 16
fragmentos. No entanto, sete anos depois, 13 desses fragmentos se tornaram
tópico de um livro que levou diversos especialistas a questionarem a
legitimidade dos artefatos.
Dessa forma, o museu de Washington decidiu realizar uma
investigação aprofundada dos itens. Em março de 2020, pesquisadores
independentes financiados pelo museu confirmaram em uma conferência acadêmica o
que muitos temiam: todos os 16 fragmentos do Pergaminho do Mar Morto eram na
verdade falsificações modernas.
As investigações
Durante as investigações, a
equipe de pesquisadores descobriu que, por mais que os fragmentos sejam feitos
de couro antigo,
eles foram pintados nos tempos modernos. “Esses fragmentos foram manipulados
com a intenção de enganar”, disse a líder da pesquisa Colette Loll. As
investigações tiveram início em outubro de 2019 e foram finalizadas em
novembro.
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