terça-feira, 5 de abril de 2022

Por Que Crentes Não Deveriam Participar Em 1s De Easter Nem De Páscoa? (Jesus Celebrou Páscoa, Como Judeu)

0. Resumo por Hélio:


A Páscoa é uma importantíssima festa ISRAELITA em memória de Deus ter libertado todos os israelitas
    - da praga da morte dos primogênitos, e
    - da muito cruel e humilhante escravidão no Egito.

Os crentes na Bíblia, tomada literal- normalmente, são aqueles que creem literal- normalmente em cada e toda palavra da Bíblia, total e somente nelas, sem influência de nenhuma tradição de fora dela, portanto creem em cada e todo preceitos do Novo Testamento para esta dispensação das assembleias locais e procuram seguir [não gosto da palavra "imitar" pois corre o risco de ser associada com procurar tomar o lugar, como Lúcifer quis ser igual a Deus], seguir somente as práticas das igrejas locais e independentes descritas no Novo Testamento, aqueles preceitos ordenados (ou práticas exemplificadas) para todos os crentes das igrejas locais (e não apenas para os 83 apóstolos e discípulos) de todos os tempos,


"A EASTER começou como uma celebração [pagã, da pior espécie] do Equinócio da Primavera: uma época em que toda a natureza é despertada do sono do inverno e o ciclo de renovação começa.    Os pagãos anglo-saxões celebraram esta época de renascimento invocando ĒOSTRE ou OSTARA, a deusa da primavera, o amanhecer e a fertilidade. Particularmente nos tempos antigos, a fertilidade era de importância singular para garantir a sobrevivência de uma espécie ou grupo de pessoas (afinal, ‎‎se você não "pegasse" uma mulher para fazer sexo‎‎, não haveria gerações futuras). Para celebrar o "renascimento" da natureza, os antigos realizariam festivais em abril para homenagear a deusa, e que provavelmente incluía rituais sexuais luxuosos, e até mesmo orgias completas." https://theculturetrip.com/north-america/articles/easter-may-have-started-out-as-a-sex-ritual-and-heres-why/

 

Nós, os crentes na Bíblia e somente nela, nunca, de nenhum modo, deveríamos tolerar participar por 1 s da Easter pagã disfarçada de páscoa cristã [com coelhos simbolizando intensa atividade sexual e fertilidade], nem da Páscoa judaica, nem de nenhum ritual/ festa judaico, nem de nada parecido com isso, que nunca foi prescrito para as assembleias ou nelas exemplificadas, e devemos ter têm somente as duas ORDENANÇAS (diferente de sacramento) dadas no NT, isto é:

    - ordenança da SUBMERSÃO (depois de se ter crido em e confessado o Cristo como total e único e definitivo Salvador, Senhor e Deus) e
    - ordenança (puramente memorial) da CEIA DO SENHOR,

 

Nós, os crentes na Bíblia e somente nela, não temos nenhum "SACRAMENTO, isto é, ritual que concede mais algum tipo e medida de alguma graça", mas, temos o Cristo como a eterna e DEFINITIVA nossa páscoa,

1Co 5:7     7 Expurgai, pois, o fermento velho, a fim de que sejais uma nova massa, assim como então estais sem fermento. Porque também o NOSSO PÁSCOA, para benefício- e- em- lugar- de  nós, foi morto- sacrificado: O CRISTO.

 

e, a CADA DOMINGO, com gozo e muito respeito rememoram e pregam Jesus os ter libertado do pecado para o céu, e ser o eterno e definitivo Cordeiro pascal deles.

Hélio

 

 

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*********** [Reproduzirei alguns trechos selecionados do artigo "Devem Os Cristãos Comemorar A Páscoa Usando Os Tipos Cerimoniais Do Antigo Testamento?" do Pr.
Alan Rennê Alexandrino Lima, da IPB. Mas citarei a Bíblia LTT] ******************
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1. Devem Os Cristãos Comemorar A Páscoa Usando Os Tipos Cerimoniais Do Antigo Testamento?

]

 

    6 Espanto-me de que tão depressa sois removidos para- longe- dAquele vos havendo chamado dentro da graça de o Cristo, para dentro de um diferente  evangelho;     7 O qual não é um outro- e- semelhante  evangelho, mas alguns há vos inquietando e querendo perverter o evangelho de o Cristo.     8 Mas, mesmo se *nós mesmos* ou um anjo proveniente- de- dentro- do céu vos pregue evangelho vizinho- ao- lado daquele que já desde antes vos anunciamos, um declarado- maldito seja ele.     9 Tal como de antemão vos temos dito, também agora, de novo, digo: se algum homem vos prega evangelho vizinho- ao- lado daquele que recebestes, um declarado- maldito seja ele.” (Gálatas 1.6-9).

I – INTRODUÇÃO

Estamos no período comumente conhecido como “Semana Santa”, uma data promovida, a princípio, pelo Catolicismo Romano, mas que em virtude da “alma católica dos evangélicos brasileiros” [isto é, catolicismo firme e crescendo nos corações e igrejas]
[1) o gosto por [títulos de] bispos e [modernos] apóstolos [e veneração a ambos];    2) a ideia de que pastores são [indispensáveis] mediadores entre Deus e os homens;    3) o misticismo supersticioso no apego a objetos sagrados [e roupas clericais, e ritualismo, e liturgismo];    4) a separação entre sagrado e profano;    5) somente pecados sexuais são realmente graves.    6) [intenso] apego às festividades do calendário litúrgico da Igreja de Roma.],
foi assimilada pelo evangelicalismo e até mesmo pelas denominações protestantes reformadas. ... ... ...
Apesar do meu posicionamento, convivo bem com irmãos amados que não possuem o mesmo entendimento que eu. Não brigo, não crio um clima beligerante com aqueles que desejam celebrar a Páscoa em suas igrejas, culminando com a celebração do chamado “culto da ressurreição” no domingo pela manhã. Não obstante, não consigo admitir que pastores, homens incumbidos de ensinar a Palavra de Deus em sua inteireza à igreja local entregue aos seus cuidados, levem as ovelhas do Senhor de volta às sombras veterotestamentárias, e que, para tentar justificar isso, apelem para decisões conciliares claramente discutíveis. Não consigo ficar calmo quando vejo igrejas desprezando o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário, por celebrarem o que chamam de Páscoa se reunindo no dia do Senhor, no domingo, para juntos comerem um cordeiro assado, pães sem fermento e ervas amargas (alface). E o mais aberrante é que, logo depois celebram a Ceia do Senhor, resultando assim, num sincretismo pernicioso.


II – “FUNDAMENTAÇÃO” DA PRÁTICA

Três justificativas são apresentadas:

1) Trata-se de uma simples lembrança da primeira páscoa, em Êxodo 12, quando os israelitas receberam o mandamento referente à instituição da Sêder, a páscoa veterotestamentária. Argumenta-se que é um simples memorial de um dos grandes eventos da História da Redenção, quando o Senhor, com mão poderosa, libertou o seu povo do jugo egípcio;

2) Os adeptos dessa prática dizem que, além de ser uma simples lembrança da primeira páscoa, o fato de a igreja se reunir para comer um cordeiro assado, pães sem fermento e alface se constitui numa simples encenação, ou seja, uma simples representação teatral da primeira páscoa. Diz-se que a igreja não está sendo ensinada a celebrar a Páscoa. Na verdade, a igreja está apenas apresentando uma peça; e

3) Há afirmação de que seja apenas um recurso didático, uma forma de ensino. Diz-se que a igreja não está sendo ensinada a celebrar a páscoa nos moldes veterotestamentários, mas está sendo ensinada, simplesmente acerca de como se deu a primeira páscoa, em Êxodo 12.


Gostaria de fazer alguns comentários pontuais a respeito das três justificativas apresentadas em favor daquilo que, escrituristicamente, é uma abominação:


1) Em Mateus 28.19-20, encontramos Jesus dizendo o seguinte aos seus doze discípulos: “
    19 Havendo vós ido , portanto, ensinai- e- fazei- discípulos de todas as nações (submergindo-os para dentro de o nome de o Pai, e de o Filho, e de o Espírito Santo;     20 Ensinando-os a preservar- e- obedecer todas as coisas, tantas- e- quaisquer quanto Eu vos ordenei): e eis que *Eu* convosco estou todos os dias, a saber, até à consumação dos séculos." Amém.”. Os discípulos deveriam fazer com que a Igreja praticasse tudo aquilo que foi ordenado pelo Senhor Jesus Cristo. Apenas isso! Encontramos alguma ordem de Jesus referente à observância da páscoa? Sim e não. Em Lucas 22.19, Jesus, estando reunido com os Doze, ordena o seguinte: “    19 E Ele, havendo tomado um pão e havendo expressado toda a gratidão, o partiu e lhes deu, dizendo: "Isto significa  o Meu corpo, o qual, para- benefício- e- em- lugar- de vós, estará sendo dado; fazei isto para a RELEMBRANÇA de MIM." ”. Jesus não ordenou, em absoluto, que os seus discípulos organizassem um memorial ou uma lembrança da páscoa judaica. A partir daquele instante, os discípulos deveriam lembrar a sua morte através da celebração da Ceia do Senhor, o que é confirmado pelo apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 11.23-25: “    23 Porque *eu* recebi, proveniente- de- junto- de o Senhor, o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na mesma noite em que era traído- e- entregue, tomou o pão;     24 E, havendo Ele expressado toda a gratidão, o partiu e disse: "Tomai, comei; isto de Mim significa  o corpo, o qual, para- benefício- e- em- lugar- de vós. estará sendo partido; isto  fazei para a RELEMBRANÇA de MIM."     25 Semelhantemente também, tomou o cálice depois de cear, dizendo: "Este cálice o novo testamento significa  dentro do Meu sangue; isto  fazei (em todas- e- quaisquer- vezes em que o bebais) para dentro da RELEMBRANÇA de MIM.". A razão para tal descontinuidade entre a celebração pascoalina veterotestamentária e a Ceia da Nova Aliança é apontada pelo mesmo apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 5.7: “    7 Expurgai, pois, o fermento velho, a fim de que sejais uma nova massa, assim como então estais sem fermento. Porque também o nosso páscoa, para benefício- e- em- lugar- de  nós, foi morto- sacrificado: o Cristo.”. Jesus Cristo é o cumprimento da páscoa do Antigo Testamento. O Dr. John Sittema diz o seguinte a este respeito: “Jesus, um rabino do século 1º, celebrou a festa do modo como foi transmitida à Sua geração, uma comemoração envolta em séculos de costumes. Honrou todos os requisitos de uma celebração pascal tradicional. Sua ‘Última Ceia’ foi, evidentemente, uma refeição Sêder. Porém, Jesus fez mais do que celebrar a Páscoa. Ele a encarnou”.[2]
Interessantemente, apesar de a refeição de Jesus ter sido uma Sêder, Ele não ordenou que os discípulos se reunissem para comer um cordeiro assado, porém, apenas pão e vinho. Nada mais que isso.


2) A afirmação de que se trata simplesmente de uma
lembrança da primeira páscoa é falaciosa, visto que a primeira páscoa foi caracterizada por ser uma celebração FAMILIAR. Cada família deveria providenciar e imolar o seu próprio cordeiro. Cada família deveria se reunir em seu lar para comer o cordeiro, os pães asmos e as ervas amargas. Cada família deveria espalhar o sangue nos umbrais das portas e janelas de sua própria casa. É o que diz Êxodo 12.3-4: “    3 Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez dias deste mês tome cada homem para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família.     4 Mas se a família for pequena demais para um cordeiro, então tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; cada homem conforme o seu comer, fareis a conta conforme o cordeiro.

”. Reunir a igreja para comer cordeiro, pão e alface em nada lembra a primeira páscoa – a não ser nos alimentos oferecidos. Tal prática lembra, sim, a páscoa celebrada no tabernáculo e no templo, já na terra de Canaã, a partir de Deuteronômio 16.1-8, particularmente o versículo 2: “Então sacrificarás a páscoa ao SENHOR teu Deus, das ovelhas e das vacas, no lugar que o SENHOR escolher para ali fazer habitar o Seu nome.”. Tal celebração era parte inextricável do que ficou conhecido como “lei cerimonial”. Sobre o caráter da primeira páscoa, as palavras do Dr. John Sittema são pertinentes: “Os participantes pertenciam ao círculo íntimo: tratava-se de uma celebração familiar e cada homem deveria escolher um cordeiro para a sua casa e só compartilhá-lo com o vizinho se sua família fosse pequena demais para consumir o cordeiro inteiro”.[3]
Ele diz ainda que, a mudança para o tabernáculo e, posteriormente, para o templo “transformou a Páscoa na primeira das ‘festas peregrinação’ para as quais os israelitas deviam se deslocar até a casa do Senhor”.[4]
O Pr. Moisés Bezerril, respeitado teólogo, afirma ainda que: “
A Santa Ceia tem aspectos característicos [únicos, exclusivos, identificatórios] da Nova Aliança. A páscoa era somente para Israelitas e alguns peregrinos estrangeiros que deveriam ser circuncidados para participarem daquele sacramento. Certamente que a páscoa era o sacramento FAMILIAR, daquela família com exclusividade, mas a santa ceia é o sacramento de todas as famílias juntas ao mesmo tempo”.[5]
Isto posto, os adeptos da celebração pascoalina judaizante deveriam ser sinceros a respeito de seu apego às sombras do Antigo Testamento e do seu descaso para a com a viva realidade que é Jesus Cristo.


3) Ainda no que tange à afirmação de que reunir a igreja para comer cordeiro assado, pães sem fermento e alface é um simples
memorial da primeira páscoa, podemos afirmar que, isso se constitui em um retorno ao cerimonialismo judaico, o qual deveria ser repetido todos os anos. Com a celebração da primeira páscoa, em Êxodo 12, foi estabelecida também a cerimônia anual da Pêsah: “E este dia vos será por memorial, e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.” (v. 14). Sobre isso, o comentário de L. S. Chafer é interessante: “Tão profunda foi esta redenção que de Israel era exigido que, em reconhecimento dela, fosse estabelecida a Páscoa por todas as gerações – não como uma renovação da redenção, mas como um memorial”.[6]
Devemos compreender que, aqueles que estavam debaixo das sombras do Antigo Testamento, são os que deveriam celebrar a primeira páscoa. Os israelitas tinham o dever de
lembrar a libertação ocorrida naquela noite extraordinária. Então, como deve ser entendida a ação de reunir a igreja, no dia do Senhor, para relembrar a primeira páscoa? Não seria essa uma prática judaizante? E não foi justamente contra esse tipo de prática que o apóstolo Paulo lançou os seus anátemas (Gálatas 1.8-9)?

8Mas, mesmo se *nós mesmos* ou um anjo proveniente- de- dentro- do céu vos pregue evangelho vizinho- ao- lado daquele que já desde antes vos anunciamos, um declarado- maldito seja ele. 9Tal como de antemão vos temos dito, também agora, de novo, digo: se algum homem vos prega evangelho vizinho- ao- lado daquele que recebestes, um declarado- maldito seja ele.


4) Dizer que reunir a igreja, no domingo, para comer cordeiro assado, pães asmos e alface se trata, apenas de uma simples e inofensiva
encenação e que a igreja não está sendo ensinada a celebrar a páscoa judaica é um argumento extremamente débil e falacioso. Quando alguém argumenta dessa maneira, a intenção é descaracterizar o cerimonialismo inerente ao ritual judaico e, assim, não ser acusado de fazer de tal ritual um ato de culto. Apesar desse esforço, tal tentativa é ineficaz, pois essa “encenação”, quando repetida ano após ano, adquire, sim, um caráter ritualístico e cerimonial. Essa “encenação”, quando repetida ano após ano, acaba por se constituir em uma tradição vista como correta e, daí por diante, como legítima expressão cúltica. À medida que a “Semana Santa” se aproxima, os membros da igreja criam uma grande expectativa a respeito do cordeiro que será comido pela igreja reunida no domingo. Com isso, estabelece-se um perigoso e maléfico misticismo no seio da igreja. Além disso, se é necessário que exista alguma encenação acerca do sofrimento do Redentor, creio que a Ceia do Senhor é a melhor e mais apropriada encenação pascal (1 Coríntios 5.7 Expurgai, pois, o fermento velho, a fim de que sejais uma nova massa, assim como então estais sem fermento. Porque também o nosso páscoa, para benefício- e- em- lugar- de  nós, foi morto- sacrificado: o Cristo. ). Sendo assim, quando um pastor “encena” ano após ano a páscoa judaica, reunindo a igreja sob seus auspícios para comer um cordeiro assado e os demais alimentos, ele está, sim, ensinando a sua igreja a fazer aquilo. Ele está fazendo com que a sua igreja se devote às sombras cerimoniais. Sem saber, ele faz com que sua igreja despreze o sacrifício perfeito de nosso Senhor Jesus Cristo.

5) Sobre o argumento de que se trata apenas de um
recurso didático, o mesmo nada mais é do que uma tentativa de eufemizar [i.é, trocar palavras consideradas grosseiras e ofensivas (por exemplo "seu pai bateu as botas"), por palavras que inibiriam um pouco esse sentido agressivo, mas querem dizer a mesma coisa (por exemplo; "seu pai nos deixou")]. a prática, pois a execução da atividade [que foi eufemizada] mostra que se trata, sim, de um ritual. Quando [o ritual da Páscoa] acontece, é comum vermos os presbíteros postados à mesa, os membros da igreja em fila no corredor central da nave, prontos e ávidos por receberem uma porção da carne do cordeiro, do pão sem fermento e da hortaliça. Além disso, o pastor está no púlpito, dando a palavra de ordem para que os membros se dirijam até à mesa. Pra tornar o caso ainda mais sério, logo após celebra-se a Ceia do Senhor, sobre a mesma mesa onde o cordeiro foi servido à congregação, e no mesmo serviço litúrgico. Creio que, se a intenção fosse simplesmente a de ensinar à igreja como se processou a primeira páscoa de Êxodo 12, uma ocasião excelente seria a realização de um almoço logo após à Escola Dominical.

O que pode ser percebido nos argumentos apresentados em favor da prática abominável de celebrar a páscoa nos moldes veterotestamentários, é que os mesmos carecem de fundamentação escriturística. Não é apresentada sequer uma [!] passagem que justifique a inserção do cerimonialismo judaico em um culto segundo os princípios da Nova Aliança. Quando muito, apresenta-se uma resolução conciliar que, numa leitura distorcida, apoia a prática.


III – SOBRE O APEGO AOS TIPOS E O DESPREZO PELO ANTÍTIPO

Etimologicamente, a palavra grega
tipossignifica uma estampa que pode servir como um molde ou padrão, e que é típica no Antigo Testamento como um molde ou padrão do que é antitípico no Novo Testamento”.[7]
Um tipo pode ser definido como: “
um modelo ou exemplo que antecipa ou precede uma realização última”.[8]
Nesse sentido, pessoas, lugares, coisas, rituais, fatos e animais podem aparecer nas Sagradas Escrituras como tipos. O Dr. Heber Carlos de Campos define “tipo” da seguinte maneira: “
Um tipo diz respeito a uma pessoa, a uma ação, a um evento, a uma cerimônia, etc., mencionado no Antigo Testamento, que prefigura um Antítipo da mesma natureza no Novo Testamento”.[9]
O erudito Louis Berkhof afirma que, “
a ideia fundamental [do tipo] é a da ‘relação representativa preordenada que certas pessoas, eventos, e instituições do Antigo Testamento têm com pessoas, eventos, e instituições correspondentes do Novo’”.[10]
Chafer diz que,um tipo é uma descrição estruturada que retrata o seu antítipo. Ele é a própria ilustração que Deus dá de Sua verdade desenhada por Sua própria mão”.[11]

Assim, objetos como a arca que livrou Noé e seus familiares do dilúvio, a serpente de bronze, o tabernáculo e o templo são claramente tipológicos. Eles funcionam nas Sagradas Escrituras como tipos de Jesus Cristo, aquele que livrou o povo de Deus do derramamento de Sua ira, que pendurado no madeiro trouxe salvação àqueles que olham com confiança para Ele e que é a perfeita habitação de Deus entre o seu povo. Homens como Abraão, José, Moisés, Josué também serviram como tipos de Jesus, por retratarem aspectos da obra que seria realizada e consumada futuramente por Jesus Cristo, em sua encarnação e ministério terreno.


Claramente, o cordeiro pascal de Êxodo 12 é um tipo de Jesus Cristo. Na verdade, todos os sacrifícios realizados durante a administração pactual do Antigo Testamento apontavam, prefiguravam o sacrifício perfeito de nosso Senhor Jesus. O Dr. Gerard van Groningen afirma que, “
o relato sobre o cordeiro pascal em Êx 12.3-11 é o ponto de partida para todas as outras referências a esse cordeiro”.[12]
Esse cordeiro pascal era um tipo do Cordeiro que seria revelado plenamente no Novo Testamento. Ele era um tipo de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus: “
    29 No dia seguinte, vê João a Jesus vindo até ele, e diz: "Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que está levantando- e- carregando- para- longe o pecado do mundo!” (João 1.29).
Em Atos dos Apóstolos 8.32, somos informados de que, “
    32 Ora, o conteúdo da Escritura que ele lia era este: "Tal como uma ovelha para matança, assim foi Ele levado; e tal como um cordeiro mudo está diante daquele que o está tosquiando, assim Ele não abre a Sua boca.”.
Filipe disse ao Eunuco etíope que, a passagem de Isaías 53.7-8 estava falando a respeito de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus. O fator central relativo ao cordeiro de Êxodo 12 é o sangue marcado nos umbrais das portas dos israelitas: Atos 8.32

O sangue foi o meio que Jeová empregou para poupar os primogênitos de Israel. O cordeiro, para que seu sangue fosse útil, tinha de morrer. Assim, o cordeiro tornou-se um substituto para todos os primogênitos em Israel. Sem que o sangue do cordeiro fosse derramado, recolhido e aplicado, não haveria nenhuma libertação, nenhuma redenção para o povo escolhido de Yahweh. O sangue do cordeiro usado no tempo do Êxodo apontava, como um tipo, para o sangue de Cristo derramado, sem o qual não há redenção do cativeiro do pecado (Hb 9.22    22 E quase todas as coisas com sangue são purificadas, segundo a Lei; e sem derramamento de sangue não há remissão .). O sangue do cordeiro funcionava redenti  remissivamente e, portanto, tem um significado messiânico definido.[13]


Algo que não deve ser esquecido a respeito dos tipos, é que, por natureza, eles são imperfeitos, isto é, “
o Antítipo é superior e maior em significado do que Tipo”.[14]
A imperfeição dos tipos é claramente afirmada em Hebreus 9.9-11: “
9O qual é uma figura para o tempo tendo estado presente, e no qual tanto dádivas como vítimas- sacrificiais são oferecidos, ambos não podendo, quanto à consciência, aperfeiçoar aquele que está prestando culto, 10Postando-se somente sobre comidas, e bebidas, e várias submersões- em- água, e em ordenanças  da carne, até ao tempo do endireitamento impondo-se sobre eles. 11Mas, o Cristo havendo vindo (o sumo sacerdote das boas coisas que estão vindo), então, através do maior e mais perfeito”.
No Antigo Testamento, os cordeiros oferecidos eram imperfeitos no sentido de não serem, em si mesmos, a razão pela qual Deus perdoava os pecados do povo. O perdão concedido tinha por base o sangue derramado do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Apenas o Seu sangue é eficaz para a remissão dos pecados do povo de Deus. A morte do cordeiro pascal de Êxodo 12, em si mesma, era ineficaz.


Dado o caráter imperfeito dos tipos e o caráter perfeito do Antítipo, é pertinente a observação do Dr. Heber Carlos de Campos: “
A revelação é progressiva porque ela parte do imperfeito para o perfeito. Por essa razão, quando o Cordeiro veio, não mais precisamos de outros cordeiros. Quando o antítipo chega, os tipos cessam. Quando perfeito chega, o imperfeito desaparece”.[15]
Hebreus 10.1-4 afirma de forma inequívoca a imperfeição dos sacrifícios veterotestamentários:

1Porque uma sombra tendo a Lei das boas coisas que estão vindo, e não a exata imagem das coisas, ela nunca pode, pelos mesmos sacrifícios que eles oferecem cada ano em caráter- perpétuo, àqueles que estão se chegando tornar- perfeitos. 2Doutra maneira, porventura não já desde antes cessaram  os sacrifícios de sendo oferecidos (em razão de não mais terem consciência de pecados aqueles que estão prestando culto, uma só vez por todas tendo eles sido purificados- por- poda- do- mal)?  3Mas, nesses sacrifícios, uma rememoração dos pecados há a cada ano, 4Porque impossível é ao sangue dos touros e dos bodes plenamente- remover os pecados.


Já o versículo Hb 10:12 assevera a perfeição inerente ao sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário: “
*Ele* , porém, uma única vítima sacrificial em- lugar- dos  pecados havendo oferecido para a perpetuidade, assentou-Se à destra de Deus, ”.

Com a vinda de Jesus Cristo, com Seu sofrimento e morte na cruz, os tipos cessaram. As sombras cerimoniais e sacrificiais do Antigo Testamento foram banidas com a obra expiatória de Jesus. Depois da chegada da realidade, Cristo, as sombras tipológicas cessaram, perderam a sua razão de ser, de maneira que, os cristãos devem se alegrar pela realidade de Cristo Jesus, e não devem, de forma alguma, retornar às sombras veterotestamentárias. Os crentes, hoje, desfrutam de uma bênção maravilhosa que é poder relembrar a morte substitutiva de Jesus na Ceia instituída pelo próprio Cordeiro de Deus. Por conseguinte, inserir no culto o que é chamado de “rememoração da primeira páscoa” é inserir um elemento estranho à realidade da Nova Aliança e uma abominação aos olhos da tradição apostólica legada pelo apóstolo Paulo:
8Mas, mesmo se *nós mesmos* ou um anjo proveniente- de- dentro- do céu vos pregue evangelho vizinho- ao- lado daquele que já desde antes vos anunciamos, um declarado- maldito seja ele. 9Tal como de antemão vos temos dito, também agora, de novo, digo: se algum homem vos prega evangelho vizinho- ao- lado daquele que recebestes, um declarado- maldito seja ele.” (Gálatas 1.8-9).

Eu já disse em outra ocasião: NOSSA PÁSCOA É A CEIA DO SENHOR! Trata-se de uma grande abominação, um culto sincrético, colocar no mesmo culto tanto uma “lembrança” da páscoa cerimonial veterotestamentária como a Ceia do Senhor. É necessário que haja arrependimento, pois maldito é aquele que ensina outro evangelho que não aquele recebido por Paulo do próprio Senhor Jesus Cristo.


 

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********** Terminam os trechos selecionados do Pr. Alan Rennê Alexandrino Lima ***********

 

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[Reproduzirei alguns trechos que selecionei e traduzi do artigo "Celebrate the Resurrection Every Sunday" [Celebremos a Ressurreição a Cada Domingo] do  John N. Clayton. Mas citarei a Bíblia LTT] ******************
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2) ‎Devemos Celebrar A Ressurreição A Cada Domingo‎

https://doesgodexist.today/celebrate-the-resurrection-every-sunday/ John N. Clayton

 

‎ Devemos celebrar a ressurreição [do Cristo] a cada o domingo

[Notas do Tradutor:
1) o autor disse "celebrar a ressurreição", não é claro se ou não isto significa "celebrar a Ceia"
2) 1Co 11 (particularmente v.26 "
todas- e- quaisquer- vezes que comais este pão e este cálice bebais, a morte de o Senhor proclamais, até que Ele venha.") somente ensina que, a cada vez que celebrarmos a Ceia do Senhor, devemos fazê-lo em memória e proclamando a morte e ressurreição de o Senhor Jesus, o Cristo. Não diz com que frequência devemos celebrar a Ceia, as assembleias locais têm liberdade para escolher
- se a cada semana (mas acho que isso corre o risco de banalizar a Ceia ‎e que ela seja, às vezes, celebrada um pouco mecanicamente ou às pressas para que o tempo usual de término do culto não seja ultrapassado)
- ou se a cada ano (mas acho que isso é pouco demais, nossos imperfeitos corações precisam ser relembrados mais frequentemente)
- ou se a cada mês (acho isso um bom ponto de equilíbrio).

]
A ceia foi estabelecida para nos ajudar a celebrar a Ceia de tal modo que plenamente agrade a Deus‎‎ (1Corintios 11:23-30).

    23 Porque *eu* recebi, proveniente- de- junto- de o Senhor, o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na mesma noite em que era traído- e- entregue, tomou o pão;     24 E, havendo Ele expressado toda a gratidão, o partiu e disse: "Tomai, comei; isto de Mim significa  o corpo, o qual, para- benefício- e- em- lugar- de vós. estará sendo partido; isto  fazei para a RELEMBRANÇA de Mim."     25 Semelhantemente também, tomou o cálice depois de cear, dizendo: "Este cálice o novo testamento significa dentro do Meu sangue; isto  fazei (em todas- e- quaisquer- vezes em que o bebais) para dentro da relembrança de Mim."     26 Porque, todas- e- quaisquer- vezes que comais este pão e este cálice bebais, a morte de o Senhor proclamais, até que Ele venha.     27 De modo que todo- e- qualquer- homem que, de maneira indigna, coma este pão e  beba o cálice de o Senhor, culpado será do corpo e do sangue de o Senhor.     28 Examine-se, porém, o homem a si mesmo e, assim, do pão coma ele, e do cálice beba ele.     29 Porque aquele que está comendo e bebendo de maneira indigna , condenação para si mesmo come e bebe, não discernindo o corpo de o Senhor.     30 Por causa disto, entre vós muitos estão fracos e doentes, e estão sendo adormecidos  muitos.

 

A Assembleia do primeiro século cultuava a Deus a cada domingo. Ofertar (1Coríntios 16:2) e celebrar a Ceia do Senhor para lembrar a morte e a ressurreição de Cristo fizeram parte desse culto (Atos 20:7).

1Co 16:2 Cada primeiro dos sete- dias- da- semana , cada um de vós, ao lado dele mesmo, ponha- de- parte, entesourando-a em todo- e- qualquer- grau  que ele seja prosperado, a fim de que não, quando eu chegar, então coletas sejam feitas.  📜LTT-Literal-TT

At 20:7 Ora, no primeiro dos sete- dias- da- semana, tendo sido ajuntados os discípulos para partir o pão , Paulo de- forma- completa- argumentava com eles, estando- para- partir no dia seguinte; e prolongava a sua pregação até à meia-noite.  📜LTT-Literal-TT

 

Devemos copiar o exemplo deles. ... ... ...

 

Muitas invenções humanas surgiram em torno do evento histórico.‎‎

A Quaresma [quarenta dias de mortificação da carne, com jejum de muitos alimentos e outros prazeres lícitos, entre a quarta-feira de carnaval até a quinta-feira da semana chamada de santa, na sexta-feira havendo jejum completo] foi instituída como uma forma de se concentrar [mente e espírito] no evento da Páscoa. [O número quarenta] era um lembrete dos quarenta dias em que Jesus jejuou no deserto quando Ele começou Seu ministério. Abster-se de comer ovos para celebrar a Quaresma resultou em pessoas preservando ovos fervendo-os. Luteranos alemães começaram a decorar os ovos e inventaram o Coelho da Páscoa como juiz de crianças permitindo que presentes fossem dados a boas crianças [e não às más]. Crentes ortodoxos orientais tingiram os ovos de vermelho lembrando o sangue de Cristo. Os dias especiais de Domingo de Palmas e Sexta-Feira Santa foram adicionados para ajudar os crentes a se concentrarem na temporada.‎

 

‎Tais como o Natal [sua missa, girlanda, árvore, troca de presentes, presépio, estrela, renas] e o Papai Noel, essas adições da Páscoa à simples mensagem bíblica têm uma longa história, mas a mensagem bíblica é clara.‎‎ Passagens como 1Coríntios 11:23-29 e Mateus 26:26-28 nos dão um guia que podemos seguir não importa quais são as tradições locais.

1Co 11:23-29  23 Porque *eu* recebi, proveniente- de- junto- de o Senhor, o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na mesma noite em que era traído- e- entregue, tomou o pão; 24 E, havendo Ele expressado toda a gratidão, o partiu e disse: "Tomai, comei; isto de Mim significa  o corpo, o qual, para- benefício- e- em- lugar- de vós. estará sendo partido; isto  fazei para a relembrança de Mim."  25 Semelhantemente também, tomou o cálice depois de cear, dizendo: "Este cálice o novo testamento significa  dentro do Meu sangue; isto  fazei (em todas- e- quaisquer- vezes em que o bebais) para dentro da relembrança de Mim."  26 Porque, todas- e- quaisquer- vezes que comais este pão e este cálice bebais, a morte de o Senhor proclamais, até que Ele venha. 27 De modo que todo- e- qualquer- homem que, de maneira indigna, coma este pão e  beba o cálice de o Senhor, culpado será do corpo e do sangue de o Senhor.  28 Examine-se, porém, o homem a si mesmo e, assim, do pão coma ele, e do cálice beba ele. 29 Porque aquele que está comendo e bebendo de maneira indigna , condenação para si mesmo come e bebe, não discernindo o corpo de o Senhor.  📜LTT-Literal-TT

Mt 26:26-28  26 Ora, estando eles comendo, havendo Jesus tomado o pão e havendo-o abençoado , o partiu, e o dava aos Seus discípulos, e disse: "Tomai, comei, isto significa o Meu corpo."  27 E, havendo tomado o cálice, e havendo expressado toda a gratidão, o deu a eles, dizendo: "Bebei, vós todos, provenientes- de- dentro dele, 28 Porquanto isto significa  o Meu sangue; o sangue do novo testamento, o qual em favor de muitos estará sendo derramado- para- fora, para remissão  dos pecados.  📜LTT-Literal-TT

 

Embora possamos gostar [de muitos ou de alguns aspectos] das invenções humanas, devemos adorar tal e como‎‎ Deus nos chamou [ordenou, na Sua palavra escrita] para adorar‎‎, e vamos fazê-lo com compreensão e reverência. Celebremos a ressurreição a cada domingo [nunca celebremos a Páscoa judaica, muito menos a Easter pagã, nem nenhum dos aspectos de ambas.].‎

 

 

 

 

[Hélio de M.S. supriu alguns versos que só tinham a referência; colocou raras explicações entre colchetes [ ]; e lembra que, ao citar qualquer autor, concorda com a argumentação principal da citação, mas não necessariamente com tudo dela, nem com todos os artigos do autor.]

 

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