quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

 

Graça Irresistível, É Ela 'Limitada'?

(enviado por Mauro Graner)

 Mesmo se assumirmos, em nome do debate, que a graça poderia ser irresistível, a graça do calvinista dificilmente poderia ser chamada de graça por outra razão: ela é somente para os eleitos. Sim, sendo soberano, Deus pode fazer o que quiser. Ele poderia condenar a todos e ninguém poderia reclamar, pois isso é o que merecemos. Ele não é obrigado a salvar pessoa alguma.' Mas a soberania não é uma descrição total de Deus. Numerosas passagens já foram citadas descrevendo Deus como infinito em amor,

misericórdia e graça para com todos, e não querendo que pessoa alguma pereça. O calvinismo, no entanto, limita a graça e a misericórdia de Deus. Cristo foi perguntado se poucos seriam salvos e Ele afirmou que, de fato, haveria poucos (Mateus 7:13-14; Lucas 13:23-28), não porque Deus limita a Sua graça, mas porque tão poucos estão dispostos a se arrepender e crer no evangelho; na verdade, Cristo exortou continuamente os homens a entrar no caminho da vida eterna. Alguém poderia pensar que essas passagens, onde Cristo diz que poucos serão salvos seriam favoritas para aos calvinistas, especialmente Mateus 7:14 e Lucas 13:23. No entanto, na busca de muitos livros de calvinistas, não fui incapaz de encontrar sequer uma referência a esses versos. Por quê? Porque contradizem calvinismo. O próprio Cristo coloca muito claramente sobre o não regenerado a responsabilidade de entrar no reino. “Entrai pela porta estreita [...]; estreita é a porta e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem” (Mateus 7:14). Entrar? Encontrar? Esses são termos muito anticalvinistas! Por que Cristo dá essa advertência, se alguém somente poderia vir ao reino através da predestinação ã salvação e da soberania, ao regenerá-lo, sem qualquer compreensão, arrependimento ou fé? A. T. Pierson disse muito bem: Na medida em que qualquer ser humano peca por si mesmo, ele deve crer por si mesmo [...]; a jactância é excluída. Eu só tenho que crer [...], receber Jesus como Salvador [...], aceitar o manto branco da Sua perfeita justiça, a qual é “para todos e sobre todos os que creem” (Romanos 3:22). Por que mais não são salvos? A Bíblia diz que é porque muito poucos estão dispostos, como pecadores arrependidos, a vir e a entrar pela porta estreita da fé em Cristo somente. Recusando-se a permitir ao homem o livre-arbítrio, o calvinismo insiste que muito poucos são salvos porque Deus só ama, cuida e guarda alguns, embora Ele pudesse salvar a todos na verdade, a salvação de tão poucos é para a maior glória de Deus. Calvin foi anteriormente citado: Nunca poderemos estar claramente convencidos, tanto quanto deveríamos, de que a nossa salvação flui da fonte da livre misericórdia de Deus, até que cheguemos a conhecer a Sua eterna eleição, a qual ilumina a graça de Deus através deste contraste: que Ele [...] dá a alguns o que Ele nega a outros. Aqui vamos obter mais conhecimentos sobre o pensamento estranho de Calvino: Deus ilumina Sua graça por não estendê-la às multidões! De alguma forma, ao limitar a Sua graça. Deus amplia a nossa apreciação da fonte da qual flui a Sua misericórdia! E nós devemos louvá-Lo ainda mais, porque Ele dá a alguns somente o que Ele poderia estender a todos? Esse é o calvinismo. Boettner nos lembra que “se é para haver salvos, Deus deve escolher aqueles que devem ser o objeto da Sua graça”. Imagine um homem em uma barca, rodeado por milhares de pessoas desesperadas, que não têm coletes salva-vidas e que só se podem manter flutuando na água gelada por apenas mais alguns minutos. Esse homem tem o meio de salvar cada um deles de um túmulo na água, bem como tem provisões completas e espaço mais do que suficiente na barca para todos eles. Ele resgata da morte certa apenas 150 pessoas, deixando o restante afogar-se, porque lhe agradou fazê-lo. No dia seguinte, os jornais teriam manchetes elogiando esse homem por ser tão gentil, graciosos e misericordioso, pois ele resgatou 150 pessoas e deixou, 850 pessoas morrerem — ou mesmo se ele resgatou 850 pessoas e deixou à sua sorte apenas 150 pessoas, a quem ele poderia salvar? Dificilmente. Pela consciência que Deus deu, até mesmo aos “totalmente depravados” e espiritualmente mortos filhos de Adão, todos condenariam tal comportamento desprezível. Ninguém com qualquer senso de hábitos morais, os quais Deus imprimiu em cada consciência, poderia elogiar um homem por deixar qualquer pessoa a quem ele poderia salvar afogar-se. No entanto, devemos acreditar que Deus Se abstém de resgatar milhões de pessoas e, talvez, bilhões a quem Ele muito bem poderia salvar? E nós devemos louvá-Lo ainda mais, por ter limitado Seu amor, Sua misericórdia e Sua graça? Tal é o ensinamento do calvinismo!

 

(Que amor é este? – Dave Hunt)

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